Capítulos de uma vida variante como o vento... desde o tédio à adrenalina total... Onde tudo pode ser apenas sorte...
segunda-feira, 21 de setembro de 2015
sexta-feira, 18 de setembro de 2015
quinta-feira, 17 de setembro de 2015
terça-feira, 15 de setembro de 2015
Now the air I tasted and breathed has taken a turn...
"I know someday you'll have a beautiful life, I know you'll be a star in somebody else's sky, But why, why, why can't it be, can't it be mine?
PJ
quinta-feira, 10 de setembro de 2015
Esta companhia que partilhamos é eterna.
Está deitada ao meu lado, a ressonar. Acredito que o som dos meus dedos no teclado do computador também a tranquiliza: o ritmo certo/incerto destas palavras: letras-letras-letras espaço letras-letras-letras espaço. Se assim for, se a minha escrita contribuir para a paz do seu sono, está apenas a devolver-lhe aquilo que também recebe deste corpo encostado a mim, a respirar profundamente, como se essa fosse a sua resposta ao tempo.
Quando lhe pouso a mão em cima, deixa-me fazer tudo. Não se incomoda. Essa é a forma que tem de mostrar a sua confiança ilimitada. Não acorda, como se escolhesse não acordar. Oferece o corpo às minhas festas e, se a aperto com um pouco de mais força, deixa escapar um som de prazer preguiçoso, arrastado, nasce-lhe na garganta.
Noutras horas, quando sente um barulho mínimo nas escadas, começa por rosnar e, se o barulho continua, quer ladrar contra a porta fechada. É preciso chamá-la e convencê-la a pensar noutro assunto. Agora, esses episódios parecem histórias inventadas. Neste momento, abrir os olhos e voltar a fechá-los logo a seguir é o máximo de incómodo que aceita. Está tão calma, tem tanto vagar. Às vezes, debaixo das minhas festas, espreguiça-se longamente. Depois, perde a força nos músculos e afunda-se ainda mais no sono.
Eu já estava aqui sentado, a escrever, quando ela chegou muito direita. Caminhou na minha direção sem hesitar, com as patinhas a riscarem um som leve. Numa agilidade súbita, deu um pequeno salto e ficou ao meu lado. Então, encostou-se à minha perna, formámos uma pequena união de calor, e adormeceu.
Foi também assim que chegou à minha vida. Eu não esperava nada, não procurava nada, ela chegou e, sem forçar, conquistou-me inteiro com a sua presença. Quando lhe faço festas na cabeça, os seus olhos descobrem-se entre o pêlo. Há uma certa tristeza nesse olhar antigo, como se carregasse restos de uma mágoa. Compreendo-a e, às vezes, chego a acreditar que também ela me compreende a mim, também ela é capaz de distinguir essa mesma idade no meu olhar, esse silêncio. Encontrámo-nos aqui, mas viemos de lugares distantes.
Durante o dia, passeia sossegada pela casa. Só ela sabe onde vai. Com frequência, escolhe um quadrado de sol no chão e deixa cair as orelhas. Nessas ocasiões, está preparada para qualquer surpresa.
De todas as palavras que existem no mundo, há duas que a enchem de eletricidade: "rua" e "bola". Rejuvenesce com cada uma delas, enlouquece. Na rua, muito interessada, como se estivesse a tomar conhecimento das últimas notícias, vai sempre cheirar os mesmo cantos. Fingindo não fazer caso, partilhamos o pudor do momento em que baixa as duas patinhas de trás e, depois, se afasta de uma pequena poça de chichi. Com a bola, dá saltos no ar, apoia-se em duas patas, chega a ficar assim alguns segundos, como no circo, e parece cega quando corre para apanhá-la. Vai buscá-la onde for preciso.
Quando eu andava na escola primária, numa visita de estudo ao Jardim Zoológico de Lisboa, admirei-me com o cemitério dos animais de estimação. Estava habituado a cães que mal tinham nome, que eram levados numa saca e enterrados no campo. Durante anos, habituávamo-nos a ver um cão quando passávamos numa certa rua, depois, um dia, deixávamos de vê-lo. Era assim.
Hoje, com esta cadelinha, sinto-me como aquele velho mal-humorado, a queixar-se de tudo, a culpar sempre os outros, mas que se derrete com os netos, lhes permite tudo, e quase parece outra pessoa. Talvez por isso, sou agora capaz de compreender que, quando morre um cão, há uma tristeza específica. É fina e espeta-se no pensamento. Aleija só de imaginar. Deriva da pena de não termos sido capazes de estar à altura da pureza, da generosidade absoluta.
Aqui, o tempo desta sala continua à mesma cadência, letras-letras-letras espaço letras-letras-letras espaço. Às vezes, ela estremece de repente. O arco da respiração perturba-se. Está talvez a sonhar. Aperto-a de encontro a mim. Nada te pode fazer mal, pequenina. Eu protejo-te com a mesma dedicação com que me proteges. Esta companhia que partilhamos é eterna.
http://visao.sapo.pt/puka=f713899#ixzz3lMjXCtRQ
JOSÉ LUÍS PEIXOTO
Faço minhas tuas palavras, caro José.
sexta-feira, 4 de setembro de 2015
May I never be perfect...
A necessidade de revolta. Guerra interior. Saltar fora. Gritar. Ser diferente. Começar de novo. Ser novo. Inovador. Hipster. Recomeçar. Continuar.
Viver.
Um segundo de cada vez. Que seja o segundo que quero. Que recomece o fim. Começar onde tudo começou antes. Sentir. Ouvir. Ver.
Viver.
This is your life, and it´s ending one minute at a time...
Fight Club, best movie ever :)
terça-feira, 1 de setembro de 2015
segunda-feira, 31 de agosto de 2015
Um crónico vazio.
Como drogado. Constantemente. Tal como um toxicómano.
Necessidade de voltar a ter aquela primeira vez, aquela primeira viagem fora do corpo.
Um assassino em série que nunca consegue sentir o mesmo prazer da primeira vez.
Sofremos em busca da felicidade constantemente, por mais que ela exista, esteja presente, mas não a vejamos. Levamos tudo isso ao limite.
A necessidade de voltar a sentir aquilo mesmo, e tudo o resto vivido é e será sempre vazio. Há sempre algo que falta. Algo abandonado. Algo por preencher.
O ser humano, o tal que leva a vida a pensar em ser feliz, mesmo que não se aperceba o quanto já é!
Há dentro de nós algo, pesado e estranho, que nunca nos deixa livres o suficiente para desfrutar o que de bom temos. Que nos leva constantemente a procurar mais e melhor, embora sempre sem sucesso.
Um dia fomos felizes. Eu fui. Não me lembro. Provavelmente a primeira vez que vi a minha mãe e a liguei à voz dos primeiros dias de vida. Ou o meu primeiro gelado, a primeira vez que vi alguém a celebrar um golo a frente da televisão sem saber o que era. Algo desse género levou-me a fazer o meu percurso até hoje. Ainda hoje procuro essa felicidade. E esqueci-me de viver a que tinha e vou tendo.
Sou um drogado, um assassino. Sou um descobridor. Busco esse exacto momento.
Longa será a caminhada. Até lá será sempre vazio. O vazio.
JJ
Necessidade de voltar a ter aquela primeira vez, aquela primeira viagem fora do corpo.
Um assassino em série que nunca consegue sentir o mesmo prazer da primeira vez.
Sofremos em busca da felicidade constantemente, por mais que ela exista, esteja presente, mas não a vejamos. Levamos tudo isso ao limite.
A necessidade de voltar a sentir aquilo mesmo, e tudo o resto vivido é e será sempre vazio. Há sempre algo que falta. Algo abandonado. Algo por preencher.
O ser humano, o tal que leva a vida a pensar em ser feliz, mesmo que não se aperceba o quanto já é!
Há dentro de nós algo, pesado e estranho, que nunca nos deixa livres o suficiente para desfrutar o que de bom temos. Que nos leva constantemente a procurar mais e melhor, embora sempre sem sucesso.
Um dia fomos felizes. Eu fui. Não me lembro. Provavelmente a primeira vez que vi a minha mãe e a liguei à voz dos primeiros dias de vida. Ou o meu primeiro gelado, a primeira vez que vi alguém a celebrar um golo a frente da televisão sem saber o que era. Algo desse género levou-me a fazer o meu percurso até hoje. Ainda hoje procuro essa felicidade. E esqueci-me de viver a que tinha e vou tendo.
Sou um drogado, um assassino. Sou um descobridor. Busco esse exacto momento.
Longa será a caminhada. Até lá será sempre vazio. O vazio.
JJ
domingo, 2 de agosto de 2015
Explicação da Eternidade
Explicação da Eternidade
Devagar, o tempo transforma tudo em tempo.
o ódio transforma-se em tempo, o amor
transforma-se em tempo, a dor transforma-se
em tempo.
os assuntos que julgámos mais profundos,
mais impossíveis, mais permanentes e imutáveis,
transformam-se devagar em tempo.
por si só, o tempo não é nada.
a idade de nada é nada.
a eternidade não existe.
no entanto, a eternidade existe.
os instantes dos teus olhos parados sobre mim eram eternos.
os instantes do teu sorriso eram eternos.
os instantes do teu corpo de luz eram eternos.
foste eterna até ao fim.
José Luís Peixoto, in "A Casa, A Escuridão"
o ódio transforma-se em tempo, o amor
transforma-se em tempo, a dor transforma-se
em tempo.
os assuntos que julgámos mais profundos,
mais impossíveis, mais permanentes e imutáveis,
transformam-se devagar em tempo.
por si só, o tempo não é nada.
a idade de nada é nada.
a eternidade não existe.
no entanto, a eternidade existe.
os instantes dos teus olhos parados sobre mim eram eternos.
os instantes do teu sorriso eram eternos.
os instantes do teu corpo de luz eram eternos.
foste eterna até ao fim.
José Luís Peixoto, in "A Casa, A Escuridão"
Devagar, o tempo transforma tudo em tempo.
o ódio transforma-se em tempo,o amor
transforma-se em tempo, a dor transforma-se
em tempo.
o ódio transforma-se em tempo,
transforma-se em tempo
em tempo.
Não acredito que o amor se transforme...
segunda-feira, 15 de junho de 2015
quarta-feira, 10 de junho de 2015
Conflito de carácter...
Lonely Man of Faith, de Soloveitchik, explica a existência de dois tipos de carácter no Génesis humano, ao qual ele chama Adam I e Adam II.
Modernizando as categorias de Soloveitchik, Adam I refere-se a perfil orientado para a carreira e ambição pessoal. É algo externo e extremamente guiado, em muitas vezes, pela vertente social. Adam I quer construir, criar, desenvolver e descobrir coisas. Adam II é o lado interno, a qualidade moral de cada um. Tem um sólido senso de correcto e errado, de se sacrificar para com os outros, em obediência com a verdade, honra e responsabilidade.
Há perante a sociedade uma necessidade de equilíbrio entre os dois. Numa fase inicial da nossa vida, para além dos valores morais e ideologias que nos são ensinadas, temos por obrigação o desenvolvimento pessoal, o crescimento para com a sociedade, sobre a pressão de sermos melhores e mais capazes à sobrevivência ao qual vamos ser expostos quando sozinhos. Tal como os pássaros, ao serem enviados para fora do ninho, já devem saber o básico sobre voar. Naturalmente as coisas acabam por se guiar juntamente.
Existe na nossa sociedade em geral uma enorme pressão para que o desenvolvimento de carreira seja enorme, que haja uma certa ganancia para que se possa "viver bem".
Essa fase é a da escola, universidade e por aí fora. Cada um vai ter a motivação para cada etapa consoante o que lhes foi incutido por quem os rodeia. Há quem continue a vida toda com o Adam I a ter a grande predominância no carácter pessoal.
O Adam II, com o tempo, passa a ser mais predominante. As relações, a família, filhos, futuro como animal racional, que com o tempo nos levam a desejar isso tudo.
Mas existem tempos de conflitos. Conflitos entre os caracteres, ao qual um que era predominante se deixa espairecer. O que normalmente acontece é o conforto familiar levar a que o Adam II se torne dominante, deixando de lado as perspectivas de carreira e os grandes objectivos.
Estes conflitos levam a crises pessoais, às indecisões ou decisões que parecem erradas.
Há sempre aspectos que não parecem preencher as necessidades. Se por um lado se quer acabar com os planos e sonhos começados à imenso tempo atrás, por outro se quer finalmente obter o equilíbrio emocional tão natural em nós.
Esta crise está a apoderar-se de mim, dia-após-dia, mesmo que sinta que falte tão pouco para o equilíbrio.
Enquanto leio "The Road to Character", de David Brooks, este grande senhor do New York Times, mais confuso fico, mais lúcido fico. Confuso? Pois, eu também.
Modernizando as categorias de Soloveitchik, Adam I refere-se a perfil orientado para a carreira e ambição pessoal. É algo externo e extremamente guiado, em muitas vezes, pela vertente social. Adam I quer construir, criar, desenvolver e descobrir coisas. Adam II é o lado interno, a qualidade moral de cada um. Tem um sólido senso de correcto e errado, de se sacrificar para com os outros, em obediência com a verdade, honra e responsabilidade.
Há perante a sociedade uma necessidade de equilíbrio entre os dois. Numa fase inicial da nossa vida, para além dos valores morais e ideologias que nos são ensinadas, temos por obrigação o desenvolvimento pessoal, o crescimento para com a sociedade, sobre a pressão de sermos melhores e mais capazes à sobrevivência ao qual vamos ser expostos quando sozinhos. Tal como os pássaros, ao serem enviados para fora do ninho, já devem saber o básico sobre voar. Naturalmente as coisas acabam por se guiar juntamente.
Existe na nossa sociedade em geral uma enorme pressão para que o desenvolvimento de carreira seja enorme, que haja uma certa ganancia para que se possa "viver bem".
Essa fase é a da escola, universidade e por aí fora. Cada um vai ter a motivação para cada etapa consoante o que lhes foi incutido por quem os rodeia. Há quem continue a vida toda com o Adam I a ter a grande predominância no carácter pessoal.
O Adam II, com o tempo, passa a ser mais predominante. As relações, a família, filhos, futuro como animal racional, que com o tempo nos levam a desejar isso tudo.
Mas existem tempos de conflitos. Conflitos entre os caracteres, ao qual um que era predominante se deixa espairecer. O que normalmente acontece é o conforto familiar levar a que o Adam II se torne dominante, deixando de lado as perspectivas de carreira e os grandes objectivos.
Estes conflitos levam a crises pessoais, às indecisões ou decisões que parecem erradas.
Há sempre aspectos que não parecem preencher as necessidades. Se por um lado se quer acabar com os planos e sonhos começados à imenso tempo atrás, por outro se quer finalmente obter o equilíbrio emocional tão natural em nós.
Esta crise está a apoderar-se de mim, dia-após-dia, mesmo que sinta que falte tão pouco para o equilíbrio.
Enquanto leio "The Road to Character", de David Brooks, este grande senhor do New York Times, mais confuso fico, mais lúcido fico. Confuso? Pois, eu também.
quinta-feira, 4 de junho de 2015
quarta-feira, 15 de abril de 2015
Estudos unidos por uma vida ingrata..
A vida na ciência é macabra. Muito.
Primeiro nunca há certezas. Tudo que passe por planear um futuro, torna-se um tormento.
Hoje pensamos numa coisa e amanhã estamos a viver outra.
Nos últimos anos só pensava em estabilizar de uma vez por todas. Sentia-me cansado por não saber o que esperar do amanhã. Mas depois de tentar as coisas não correram bem. E por isso aqui ando eu pelos estados unidos.
Depois de 11 anos académicos pensava que estava na situação estável. Comprar casa, pensar em família, essas coisas de adultos que apenas adultos pensam e têm. Eu pelos vistos ainda não sou um.
Por um lado esta mudança radical é, na perspectiva de carreira, brutal. Por outro abre-me ao meio pela sofrimento e, novamente, pela solidão.
Há pesos e formas de lidar com essas contradições. Umas vezes aguenta-se, outras vezes explode-se.
Não há um livro a explicar o futuro da vida cientifica, nem sequer uma bola mágica. Ninguém me explica, apesar de haver imensa gente a pensar o mesmo... a viver o mesmo.
Há sempre decisões a fazer, e todas elas trazem a sua ingratidão. No final optamos sempre por aquela que achamos que nos vai abrir um futuro melhor, um futuro mais estável. Aquela estabilidade que tanto procuramos.
Enquanto vemos os nossos amigos de infância a viver já essa estabilidade, nós ainda a procuramos! E muitos, infelizmente, de bolsas em bolsas sem perspectivas algumas.
Desta vez tive de optar por algo que me custa, mas acima de tudo magoa alguém mais. Porque essa estabilidade tem um preço. Mas que passe rápido, que cesse essa procura louca e que no fim sorria.
No final estamos neste mundo por curiosidade à ciência.
Primeiro nunca há certezas. Tudo que passe por planear um futuro, torna-se um tormento.
Hoje pensamos numa coisa e amanhã estamos a viver outra.
Nos últimos anos só pensava em estabilizar de uma vez por todas. Sentia-me cansado por não saber o que esperar do amanhã. Mas depois de tentar as coisas não correram bem. E por isso aqui ando eu pelos estados unidos.
Depois de 11 anos académicos pensava que estava na situação estável. Comprar casa, pensar em família, essas coisas de adultos que apenas adultos pensam e têm. Eu pelos vistos ainda não sou um.
Por um lado esta mudança radical é, na perspectiva de carreira, brutal. Por outro abre-me ao meio pela sofrimento e, novamente, pela solidão.
Há pesos e formas de lidar com essas contradições. Umas vezes aguenta-se, outras vezes explode-se.
Não há um livro a explicar o futuro da vida cientifica, nem sequer uma bola mágica. Ninguém me explica, apesar de haver imensa gente a pensar o mesmo... a viver o mesmo.
Há sempre decisões a fazer, e todas elas trazem a sua ingratidão. No final optamos sempre por aquela que achamos que nos vai abrir um futuro melhor, um futuro mais estável. Aquela estabilidade que tanto procuramos.
Enquanto vemos os nossos amigos de infância a viver já essa estabilidade, nós ainda a procuramos! E muitos, infelizmente, de bolsas em bolsas sem perspectivas algumas.
Desta vez tive de optar por algo que me custa, mas acima de tudo magoa alguém mais. Porque essa estabilidade tem um preço. Mas que passe rápido, que cesse essa procura louca e que no fim sorria.
No final estamos neste mundo por curiosidade à ciência.
segunda-feira, 30 de março de 2015
segunda-feira, 8 de dezembro de 2014
Adeus Lund. Obrigado.
Já lá vai um tempo! Mais propriamente 13 meses desde que prometi ao Joel, o grande artista e criador da capa da minha tese que foi gabada e invejada por terras nórdicas, um texto que relatasse Lund (não muito pelas palavras, mas por fotografias).
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PhD Thesis: Cover By Joel |
Desde já um grande pedido de desculpas por tal atraso. Além do excesso de trabalho e falta de tempo/paciência e capacidade mental para tal, tive outros motivos. Muito provavelmente maior de todos: Não queria entrar no erro de comparar Lund a Copenhaga! Era injusto em todos os aspectos. Primeiro porque me encontrava na fase de desprezo e cansaço sobre Lund, após estes longos e por vezes penosos 5 anos de intenso trabalho e estudo. Depois porque me encontrava a viver finalmente numa das cidades mais bonitas que tive oportunidade de conhecer, em que qualquer canto algo me faz sorrir e algo novo e único e acontece.
E claro, havia que passar as três fases da nova aventura pela capital dinamarquesa para evitar a má reflexão sobre Lund: 1-A excitação sobre a nova grande cidade; 2- O desprezo e revolta porque a cidade não é assim tão melhor, e que afinal os amigos deixados para trás é que faziam a diferença; 3- O equilíbrio de quem já realmente está ambientado a uma nova aventura.
Mas sobre Copenhaga lá voltarei, no futuro, e espero que não seja tão demorado como este texto.
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Parque onde corria, quase todas as manhas, com a Zola. |
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Janian, Rafael, Natal e Salomé. |
Lund! Oh Lund! Que saudades já sinto daquele sentimento claustrofóbico de quem não sabe o que o futuro lhe reserva.
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Zé, Nuxa e Salomé |
Lund é uma cidade universitária por natureza. Uma universidade fundada em 1666, das mais velhas da Europa e mundo, das mais ligadas à investigação cientifica, e uma das universidades que mais gera formação de empresas e novos projectos.
Em 2009, quando parti para a Suécia, pouco sabia aquilo que me ia acontecer. Foi das aventuras que por mais que programadas, resultam sempre ao contrário. Iria custar como qualquer outra, mas seria sempre uma grande surpresa.
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Mariano e Ângela. |
Quando cheguei, e iludido que Lund seria uma curta passagem de apenas um ano, máximo dois, a excitação era imensa. Primeiro por ter sido recebido por um conjunto maravilhoso de pessoas, alguns dos quais portugueses, dos quais se tornaram dos meus melhores amigos, embora hoje em dia seja obrigado, infelizmente, a conviver com a distância.
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Sandra, Jorge, Severine. |
Lund não era só trabalho, mas também não era a boa vida constante que muitos possam imaginar. Havia imenso convívio, principalmente entre os internacionais, e contanto que em 40,000 estudantes, cerca de 10,000 são internacionais, leva a um grande ambiente académico e uma socialização fora do normal. Talvez seja daquelas coisas que serão difíceis de descrever em palavras, mas quando nos encontramos a 3000 km de casa, longe dos amigos de longa data e família, a tendência é socializar o mais possível, procurando preencher os buracos que a solidão e distancia tendem a forma.
Em Lund há um sentimento de união, que gere de certa forma um sentimento de família. De certa forma, todos nós estamos na mesma situação, todos nós procuramos o mesmo: Diversão, bons momentos e apoio nos momentos necessários.
Há muito a viver para poder descrever, mas a verdadeira intensidade da universidade de Lund, e de qualquer universidade nórdica, é tudo menos a competição, a crítica e a necessidade de desvalorização do próximo como acontece em Portugal (e logo eu que conheço tanto atraso de vida...).
Lund, ou qualquer cidade na Skåne, sul da Suécia, é uma cidade pacata! Tirando as noites de fim de semana, ou as festas universitárias em que o povo sai a rua, tudo é muito sereno, limpo e calmo. Não é um paraíso, também tem as suas lacunas, mas de certa forma a mais proveitosa das lições que tirei durante estes anos, foi a nível social.
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JD, Bruno, Tobi, Jaha, Janina |
A crítica ignorante, sem qualquer fundamento de base, as constantes lavagens cerebrais políticas através de jornalismos manhosos, os corruptos e miseráveis mensageiros dos bancos e afins ficaram, finalmente em Portugal, e a vantagem de ver as coisas de fora, bem de longe, leva a uma maior lucidez de ideias. Isto juntamente com a forma mais nórdica de pensar (acreditar mais no próximo, não criticar sem razão e principalmente não invejar ninguém) levam a uma total renovação de visões e conceitos sobre uma sociedade liberal, justa e responsável.
Do que mais consigo comparar com Portugal e Suécia é a sua comparação sobre direitos e deveres. Os países nórdicos incutiram na sua educação durante anos que deveres sociais estão sempre primeiro, e os seus direitos virão por acréscimo. Em Portugal é bem oposto: os direitos são nossos e, se me fizerem tudo que quero, mesmo que não saiba bem o que quero mas o meu sindicato diz que sim, talvez possa ajudar e fazer alguns dos meus deveres... mas não todos porque à noite joga o benfica.
Pode parecer estranho, mas o facto deste tipo de mentalidade me fazer sentir melhor, fez com que não quisesse e continue a não querer voltar ao meu próprio país. É triste, mas é a principal razão.
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Max, Joana e a Special one. |
Lund é uma cidade pequena, e isto torna-a claustrofóbica. Passado dois meses de lá estar, ficou mais ou menos delineado que iria lá ficar todo o meu doutoramento. Havia a sensação que a nível de carreira não podia ser melhor! Não voltaria a Portugal para trabalhar com pessoas que não gostava e muito mais que isso, estaria num centro de investigação muito melhor com mais chances de publicações e saídas futuras. Mas o que mais custava era deixar quem nós tanto queremos ao nosso lado todos os dias, e que tornou principalmente o primeiro ano tão penoso: Amigos e a special one. O aperto no peito passou de momentâneo a constante e as saudades apertavam a cada segundo de distancia. Nesses momentos a vontade de largar tudo era constante. Era seguro pelos meus pensamentos de teimosia em não desistir de nada. E fui ficando, fui tendo o apoio, carinho e amizade de todos os que me rodeavam, e as coisas foram acalmando. No final tudo correu pelo melhor, e hoje sei que fiz todas as decisões certas possíveis.
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Eu, Tiago, Sara, Ana e Zola @ Ystad - Sweden. |
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Bjarred, Sauna center. Miguel eSara. |
Lund acabou por se tornar uma casa que, com o tempo, leva a uma certa impaciência por mudança. Perceberam? Digamos que pouco mais de um ano após a chegada, já conhecia a cidade demasiado bem, já conhecia o sul sueco até certa forma e tudo se tornava um grande aborrecimento. Depois, por ser uma cidade universitária, entra-se numa onda onde toda a pessoa nova que se conhece irá partir entretanto, e sendo eu um dos que iria acabar por ficar, já não tinha paciência para conhecer mais pessoas por curtos meses, por mais interessantes que essas pessoas pudessem ser.
Esta fatiga foi a principal razão pelo qual este texto levou tanto a ser escrito. Não queria falar sobre uma cidade, região e país que tanto me deu e do qual eu tanto tenho saudade, numa altura em que esta fadiga ainda se apoderava de mim.
No final desta minha aventura só tenho um sentimento de saudade. Lund apoderou-se de mim. Não seria a mesma coisa voltar porque toda esta aventura foi fantástica porque existiram pessoas fantásticas à minha volta. Desde o primeiro dia, da primeira pessoa que vi até ao dia da minha despedida, do meu Doutoramento. Lund foi a experiência da minha vida, foi a grande montanha que escalei a nível profissional e principalmente pessoal. Hoje sinto-me diferente, melhor pessoa e mais capaz de sobreviver a tudo.
Só gostaria de, hoje em dia, ainda poder estar com todas estas pessoas fantásticas que partilharam estes meus últimos 5 anos.
Obrigado Lund.
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Landskrona park. |
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Small city in Landskrona |
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Small city in Landskrona |
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Landskrona |
Nimis, Wood city |
Chemical Center, Snow day. |
Lund |
Lund Hostel |
Lund |
Special one in Lund. |
Catedral de Lund |
Jardim Botânico de Lund |
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Malmö |
Lomma, Skåne |
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Lund |
quarta-feira, 26 de março de 2014
Just stop!!!
#1. Stop spending time with the wrong people. – Life is too short to spend time with people who suck the happiness out of you. If someone wants you in their life, they’ll make room for you. You shouldn’t have to fight for a spot. Never, ever insist yourself to someone who continuously overlooks your worth. And remember, it’s not the people that stand by your side when you’re at your best, but the ones who stand beside you when you’re at your worst that are your true friends.
#2. Stop running from your problems. – Face them head on. No, it won’t be easy. There is no person in the world capable of flawlessly handling every punch thrown at them. We aren’t supposed to be able to instantly solve problems. That’s not how we’re made. In fact, we’re made to get upset, sad, hurt, stumble and fall. Because that’s the whole purpose of living – to face problems, learn, adapt, and solve them over the course of time. This is what ultimately molds us into the person we become.
#3. Stop lying to yourself. – You can lie to anyone else in the world, but you can’t lie to yourself. Our lives improve only when we take chances, and the first and most difficult chance we can take is to be honest with ourselves.
#4. Stop putting your own needs on the back burner. – The most painful thing is losing yourself in the process of loving someone too much, and forgetting that you are special too. Yes, help others; but help yourself too. If there was ever a moment to follow your passion and do something that matters to you, that moment is now.
#5. Stop trying to be someone you’re not. – One of the greatest challenges in life is being yourself in a world that’s trying to make you like everyone else. Someone will always be prettier, someone will always be smarter, someone will always be younger, but they will never be you. Don’t change so people will like you. Be yourself and the right people will love the real you.
#6. Stop trying to hold onto the past. – You can’t start the next chapter of your life if you keep re-reading your last one.
#7. Stop being scared to make a mistake. – Doing something and getting it wrong is at least ten times more productive than doing nothing. Every success has a trail of failures behind it, and every failure is leading towards success. You end up regretting the things you did NOT do far more than the things you did.
#8. Stop berating yourself for old mistakes. – We may love the wrong person and cry about the wrong things, but no matter how things go wrong, one thing is for sure, mistakes help us find the person and things that are right for us. We all make mistakes, have struggles, and even regret things in our past. But you are not your mistakes, you are not your struggles, and you are here NOW with the power to shape your day and your future. Every single thing that has ever happened in your life is preparing you for a moment that is yet to come.
#9. Stop trying to buy happiness. – Many of the things we desire are expensive. But the truth is, the things that really satisfy us are totally free – love, laughter and working on our passions.
#10. Stop exclusively looking to others for happiness. – If you’re not happy with who you are on the inside, you won’t be happy in a long-term relationship with anyone else either. You have to create stability in your own life first before you can share it with someone else.
#11. Stop being idle. – Don’t think too much or you’ll create a problem that wasn’t even there in the first place. Evaluate situations and take decisive action. You cannot change what you refuse to confront. Making progress involves risk. Period! You can’t make it to second base with your foot on first.
#12. Stop thinking you’re not ready. – Nobody ever feels 100% ready when an opportunity arises. Because most great opportunities in life force us to grow beyond our comfort zones, which means we won’t feel totally comfortable at first.
#13. Stop getting involved in relationships for the wrong reasons. – Relationships must be chosen wisely. It’s better to be alone than to be in bad company. There’s no need to rush. If something is meant to be, it will happen – in the right time, with the right person, and for the best reason. Fall in love when you’re ready, not when you’re lonely.
#14. Stop rejecting new relationships just because old ones didn’t work. – In life you’ll realize that there is a purpose for everyone you meet. Some will test you, some will use you and some will teach you. But most importantly, some will bring out the best in you.
#15. Stop trying to compete against everyone else. – Don’t worry about what others are doing better than you. Concentrate on beating your own records every day. Success is a battle between YOU and YOURSELF only.
#16. Stop being jealous of others. – Jealousy is the art of counting someone else’s blessings instead of your own. Ask yourself this: “What’s something I have that everyone wants?”
#17. Stop complaining and feeling sorry for yourself. – Life’s curveballs are thrown for a reason – to shift your path in a direction that is meant for you. You may not see or understand everything the moment it happens, and it may be tough. But reflect back on those negative curveballs thrown at you in the past. You’ll often see that eventually they led you to a better place, person, state of mind, or situation. So smile! Let everyone know that today you are a lot stronger than you were yesterday, and you will be.
#18. Stop holding grudges. – Don’t live your life with hate in your heart. You will end up hurting yourself more than the people you hate. Forgiveness is not saying, “What you did to me is okay.” It is saying, “I’m not going to let what you did to me ruin my happiness forever.” Forgiveness is the answer… let go, find peace, liberate yourself! And remember, forgiveness is not just for other people, it’s for you too. If you must, forgive yourself, move on and try to do better next time.
#19. Stop letting others bring you down to their level. – Refuse to lower your standards to accommodate those who refuse to raise theirs.
#20. Stop wasting time explaining yourself to others. – Your friends don’t need it and your enemies won’t believe it anyway. Just do what you know in your heart is right.
#21. Stop doing the same things over and over without taking a break. – The time to take a deep breath is when you don’t have time for it. If you keep doing what you’re doing, you’ll keep getting what you’re getting. Sometimes you need to distance yourself to see things clearly.
#22. Stop overlooking the beauty of small moments. – Enjoy the little things, because one day you may look back and discover they were the big things. The best portion of your life will be the small, nameless moments you spend smiling with someone who matters to you.
#23. Stop trying to make things perfect. – The real world doesn’t reward perfectionists, it rewards people who get things done.
#24. Stop following the path of least resistance. – Life is not easy, especially when you plan on achieving something worthwhile. Don’t take the easy way out. Do something extraordinary.
#25. Stop acting like everything is fine if it isn’t. – It’s okay to fall apart for a little while. You don’t always have to pretend to be strong, and there is no need to constantly prove that everything is going well. You shouldn’t be concerned with what other people are thinking either – cry if you need to – it’s healthy to shed your tears. The sooner you do, the sooner you will be able to smile again.
#26. Stop blaming others for your troubles. – The extent to which you can achieve your dreams depends on the extent to which you take responsibility for your life. When you blame others for what you’re going through, you deny responsibility – you give others power over that part of your life.
#27. Stop trying to be everything to everyone. – Doing so is impossible, and trying will only burn you out. But making one person smile CAN change the world. Maybe not the whole world, but their world. So narrow your focus.
#28. Stop worrying so much. – Worry will not strip tomorrow of its burdens, it will strip today of its joy. One way to check if something is worth mulling over is to ask yourself this question: “Will this matter in one year’s time? Three years? Five years?” If not, then it’s not worth worrying about.
#29. Stop focusing on what you don’t want to happen. – Focus on what you do want to happen. Positive thinking is at the forefront of every great success story. If you awake every morning with the thought that something wonderful will happen in your life today, and you pay close attention, you’ll often find that you’re right.
#30. Stop being ungrateful. – No matter how good or bad you have it, wake up each day thankful for your life. Someone somewhere else is desperately fighting for theirs. Instead of thinking about what you’re missing, try thinking about what you have that everyone else is missing.
Credit: marcandangel.com
http://www.lifebuzz.com/just-stop/
This is such a beautiful list, and we all are guilty of some of these. The best thing to do is just remember each day to appreciate and reflect a bit, even if it's only a few minutes. Share this amazing list by clicking below.
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
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