segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Um interior misterioso...

à procura, procura do vento. Porque a minha vontade tem o tamanho de uma lei da terra. Porque a minha força determina a passagem do tempo. Eu quero. Eu sou capaz de lançar um grito para dentro de mim, que arranca árvores pelas raízes, que explode veias em todos os corpos, que trespassa o mundo. Eu sou capaz de correr através desse grito, à sua velocidade, contra tudo o que se lança para deter-me, contra tudo o que se levanta no meu caminho, contra mim próprio. Eu quero. Eu sou capaz de expulsar o sol da minha pele, de vencê-lo mais uma vez e sempre. Porque a minha vontade me regenera, faz-me nascer, renascer. Porque a minha força é imortal.
José Luís Peixoto...

domingo, 27 de setembro de 2009

Obrigado Olga

Decididamente foi das coisas que mais gostei de ler nos últimos tempos....

O José Luís Peixoto escreveu o texto abaixo e não resisti a partilhar contigo e com os teus leitores um excerto.


DESISTIR

"...Uma única vida é pouco. Para se fazer aquilo que se sabe e se pode e se quer e se deve fazer é preciso deixar muitas outras coisas para trás. Essa é a conclusão a que se chega logo no fim da adolescência. Quando os números deixam de ser números. Trinta, quarenta, cinquenta anos. As gerações sucedem-se. Os degraus de uma escada rolante que desaparecem lá em cima enquanto subimos, subimos, olhamos para trás e ainda vemos o primeiro degrau, quase como quando tínhamos acabado de chegar e, no entanto, continuamos a subir e vemos já o fim. Os nossos avós mortos, os nossos pais mortos, nós, os nossos filhos, os nossos netos. E, se existir um horizonte, podemos olhá-lo e perceber finalmente que estamos parados no tempo e que o tempo, nesse presente definitivo, está parado dentro de nós.

Eu olho para esse horizonte, arrependo-me e não me arrependo, tento compreender ou lembrar-me daquilo que quero mesmo. Depois, penso em tudo aquilo que posso fazer para que aconteça: os gestos e as palavras. Depois, hoje é um dia mais forte e, de repente, imenso. Depois, penso em tudo aquilo de que terei de desistir para alcançar o que quero: para ser o que desejo ser. Então, não fico triste. Aceito tudo aquilo que nunca fiz e que acredito que nunca terei vida suficiente para fazer. Num dia, avisado ou sem aviso, morrerei. Estas mãos serão nada. Este rosto será nada. Uma única vida é pouco. Aceito essa certeza sem que ninguém me pergunte se estou disposto a aceitá-la. É então que me convenço finalmente que nunca serei campeão de xadrez, nunca registarei uma patente, nunca conduzirei uma Harley Davidson, nunca invadirei um pequeno país, nunca venderei relógios roubados aos transeuntes da rua Augusta, nunca serei protagonista de um filme de Hollywood, nunca escalarei o monte Everest, nunca farei uma colcha de renda, nunca apresentarei um concurso de televisão, nunca farei uma neurocirurgia, nunca ganharei a lotaria, nunca casarei com uma princesa, nunca ficarei viúvo de uma princesa, nunca me mudarei para Detroit, nunca farei voto de silêncio, nunca tocarei harpa, nunca serei o empregado do mês, nunca descobrirei a cura para o cancro, nunca beijarei os meus próprios lábios, nunca construirei uma catedral, nunca velejarei sozinho à volta do mundo, nunca decorarei uma enciclopédia, nunca despoletarei uma avalanche, nunca apresentarei cálculos que contradigam Einstein, nunca ganharei um óscar, nunca atravessarei o Canal da Mancha a nado, nunca participarei nos jogos olímpicos, nunca esfaquearei alguém, nunca irei à lua, nunca guardarei um rebanho de ovelhas nos Alpes, nunca conhecerei os meus tetranetos, nunca repararei a avaria de um avião, nunca trocarei de pele, nunca bombardearei uma cidade, nunca serei fluente em finlandês, nunca comporei uma sinfonia, nunca viverei numa ilha deserta, nunca compreenderei Hitler, nunca exibirei um quadro no Louvre, nunca assaltarei um banco, nunca darei um salto mortal no trapézio, nunca atravessarei a Europa de bicicleta, nunca lapidarei um diamante, nunca farei patinagem artística, nunca salvarei o mundo. Ainda assim, além de tudo isto, há o universo inteiro."

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Bolseiros de investigação científica exigem direitos e deveres iguais

Uma manifestação silenciosa frente à Assembleia da República juntou, esta quarta-feira à tarde, uma centena de bolseiros de investigação científica, que exigem direitos e deveres iguais a todos os outros trabalhadores.
s bolseiros querem saber, em concreto, o que é que os partidos pretendem que seja o futuro da investigação científica em Portugal.

Bruno Gomes da Silva, membro da direcção da associação de bolseiros de investigação científica que promove esta investigação, adiantou que estes bolseiros apenas pretendem ser tratados como «pessoas normais».

Podem ouvir em:
http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1370319

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Aventura de adulto

Há alturas que penso se com a idade, a obrigação de ser adulto e as responsabilidades a chegar com força, vou continuar a ser a pessoa que sonho ser, que gosto de ser... se tenho capacidade de atingir os objectivos...
E ás vezes assusta pensar que há coisas que estou a abdicar de fazer para me concentrar em simplesmente algo...
A idade assusta a todos, mas o que me assusta mais é deixar de viver tudo..
Por isso tomei por norma que vou fazer mergulho, saltar de para-quedas, snowboard e outras coisas que vou descobrir depois destas...
Se não vivermos quando podemos, não vamos achar piada quando não o podermos fazer... Só falta arranjar um momento, mas há sempre umas vagas na agenda..

Tretas

Há alturas que a única coisa que deveríamos fazer para o "relaxamento do ego" seria ler... mas que não sou fã em leituras, já me bastam as tretas que tenho de ler diariamente... por isso resolvi vir escrever um pouquinho para esta coisa onde algumas pessoas vêm ler estas parvoíces (mas que raramente comentam e vão falar comigo ao msn)...

Ora então estamos no meio destas tretas de eleições, nesta treta chamada Portugal, com uma treta de pessoas assumidas como políticos e que tratam dessa treta de país como se se tratasse de treta... tanta treta que me perdi no raciocínio...

Mas na realidade se apreciarmos a merda de discursos que estes projectos de gente andam para lá a falar uma pessoa até pode passar alguns momentos a rir, tal e qual o levanta-te e ri... (velhos tempos)...
Não há ninguém que fale de algo que venha a cumprir e muito menos de coisas úteis para o nosso país de tretas... Na realidade é tudo uma treta...
E o mais deprimente são as pessoas que se deslocam aos comícios todos contentes para receber uma caneta, chapéu ou autocolantes... porque essas pessoas vão lá para receber alguma coisa, não vão lá para ouvir nada de jeito, porque se quisessem ouvir alguma coisa de jeito viam um documentário da BBC ou da NG, ou por muito que quisessem ouvir, podiam sempre ver nas noticias as 20h...(acho que ainda são autorizados a mostrar imagens de campanhas e essas coisas... mas nos dias que correm se calhar também já proibiram isso)...

Somos mesmo um país de gente triste... e tenho a certeza que isto vai melhorar quando alguém se chegar a frente e disser as coisas nas caras das pessoas, daquela forma cruel e rígida, tipo Dr COX em Scrubs, ou simplesmente eu quando estou mal disposto...
Mas a verdade é que os assumidos políticos não têm coragem de chegar à cara das pessoas e dizerem coisas do género: "Amigo, a agricultura tá mal porque você usou o dinheiro que lhe demos para comprar um jeep" ou, "não têm uma estrada nova porque vocês da terra preferiram ter uma equipa de futebol para gastar dinheiro" ou ainda, "Minha senhora, não é culpa do governo que o seu filho ande na droga e não trabalhe, acha mesmo que merece subsídio???"

É assim, por mais que cruel que seja a verdade deveria ser dita, para ver se esta gente desperta... ou então bebam café para acordar para a vida...

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

imaginação primórdia


É incrível como podemos encontrar semelhanças nas palavras entre línguas diferentes..

Posso dizer que hoje ouvi sueco, inglês, turco, chinês, alemão, italiano, polaco e português, e consegui encontrar semelhanças em algumas palavras...

Ora seja, naquela altura que inventaram a língua de cada país será que existia algum tipo de comunicação com países longínquos ou mesmo próximos???

Será que as telecomunicações foram inventadas antes de haver uma língua independente de cada país???

É impressionante como podemos usar precisamente a mesma palavra, dita de forma diferente para relatar o mesmo...

Acho que se deve à apple... na verdade já existia Iphone à milhares de anos atrás... imaginem lá um iphone em pedra com sistema "touch" em que a "caneta" era em pedra, com um processador 533Mhz e memória 16Gb...
Já na altura se ouvia Mp5, um formato que ainda não se vende agora... estas questões económicas são incríveis...

Talvez já houvesse cura para a gripe suína antes desta ter sido produzida pela laboratório americano para tentar matar mexicanos... (não me digam que pensam que esta gripe aconteceu do nada...)

fotos novas

http://www.flickr.com/photos/tmfoto/
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http://www.flickr.com/photos/tmfoto/
http://www.flickr.com/photos/tmfoto/

Já há mais fotos... quero ver comentários por lá...

http://www.flickr.com/photos/tmfoto/
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http://www.flickr.com/photos/tmfoto/

:D

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

krugerpark: Wild life


Este verão tive uma das maiores aventuras, apesar de curta e rápida, dos últimos anos.

Visitei o kruger park, na África do Sul, onde a vida selvagem predomina, sobre apoio humano à desvastacão que tem acontecido em África.

É interessante ver os animais de perto, vê-los no ambiente natural e a viver a sua vida sem ser através de câmaras...
Foram várias as espécies vistas, apenas os leões e tigres estavam escondidos...

Aconselho a todos os que gostarem de férias diferentes e energéticas....

Dar razões de viver...

Há momentos que aprendemos como encarar a vida com bons olhos, de forma a enfrentar todos os medos, preocupações, problemas...

Além das férias cansativas a que me propus e enfrentei nada pior que acabar com um acidente de carro...
Mas o pior de tudo é pensar que naqueles segundos do embate nada se pode fazer, e a única preocupacão é a pessoa que vai connosco... Durante aqueles momentos só pensava se ela estaria bem e se não podia fazer nada para ela não estar ali a sofrer do mesmo que eu...

Nada a fazer... mas no final não aconteceu nada de grave, valendo apenas o susto...
e de tudo uma conclusão a tirar.... durante aqueles momentos podia estar todo partido que só estava a pensar se ela estava bem...não me interessava como eu estava...
Dentro dos acontecimentos só se pode concluir que há que dar valor aos momentos e viver tudo de forma positiva... e claro, tenham cuidado com brasileiros na estrada...