quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Carta ao Pai Natal

Querido Pai Natal.

Sei que tu vais ver em mim tudo e mais alguma coisa para me recriminares e não me dares os presentes que te pedi durante o ano todo. Aliás, tem sido sempre assim, uma regra sem qualquer tipo de excepção! Compreendo perfeitamente as desculpas esfarrapadas do mau comportamento, compreendo que a crise também chega ao mundo dos presentes natalícios e principalmente ao Pai Natal, que afinal de contas tem de ter verbas suficientes para fornecer os milhões de meninos no mundo! Eu compreendo isso tudo! Mas gostava mesmo é que desta vez, uma única e excepcional vez, me desses alguma coisa que eu realmente gostasse, usasse e desse valor! Que tal? Achas que é assim tão difícil? Eu até ajudo, queres? Então fazemos o seguinte: Em vez de me enviares um monte de lixo ou umas meias de raquetes, dá-me a guita homem, nem que seja um euro! É que com um euro eu pelo menos não preciso de me preocupar em deitar fora as tuas "prendas" nem muito menos mentir-te a dizer que gostei muito disto ou daquilo! Ora como eu não te curto, ainda por cima vestes vermelho como o orelhas lá do benfas, para evitar qualquer tipo de aborrecimento extra entre nós, eu envio-te o meu NIB, e aviso desde já que se me entras pela chaminé este ano, eu não apago a lareira nem finjo que estou a dormir! Levanto-me e vou-te espetar um balázio entre os olhos que nunca mais me voltas a dar camisolas interiores! "Ouvis-te"?????´


Do teu querido menino: 
Tiago

Já chega de mudarem as horas!

Já agora, esta foto é linda! BRIAN SNYDER/REUTERS 
Putting the clocks back in winter is bad for health, wastes energy and increases pollution, scientists say, and putting an end to the practice in northern areas could bring major health and environmental benefits.


Notícia Original
(...) © Thomson Reuters 2010.


A mudança da hora faz mal! Ora aí está a razão pelo qual o mundo está perdido.
Este artigo é deveras interessante (fora de ironias) pois transmite, de certa forma, o que sempre defendi! A mudança de horários de verão/Inverno é ridículo. Não precisava de meia dúzia de intelectos matemáticos, sociólogos ou psicólogos para me darem tal informação, contudo sinto-me menos sozinho nos meus pensamentos.
E já agora, aquela velha historieta: "coitadinhos dos meninos que vão de noite para a escola..." Eu respondo ""fod**-***" porque eu também vinha para casa de noite e ninguém tinha pena de mim!
Posta a questão, pedia ao Sr. Presidente do Mundo (de certeza que há um, não me venham com tretas...) que volte a colocar tudo como deve ser que isto de brincar com as minhas horas de sono é extremamente perigoso! Lembre-se que pode estar a criar um monstro, e eu não me auto-controlo quando acho que tenho razão. Para seu bem, e para o meu também, agradeço que pare de me manipular os soninhos!

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Somebody to love!

Porque ter alguém para amar é meio passo para viver!

Emigração de jovens qualificados pode ser algo “extremamente positivo

Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares disse no Parlamento que a emigração pode ser “extremamente positiva”



O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, considerou esta quarta-feira, no Parlamento, que a emigração de jovens portugueses qualificados sem oferta de emprego em Portugal pode ser algo “extremamente positivo”.

“Quem entende que tem condições para encontrar [oportunidades] fora do seu país, num prazo mais ou menos curto, sempre com a perspectiva de poder voltar, mas que pode fortalecer a sua formação, pode conhecer outras realidades culturais, [isso] é extraordinariamente positivo”, afirmou Miguel Relvas.

“Também nesta matéria é importante que se tenha uma visão cosmopolita do mundo”, acrescentou Miguel Relvas. O ministro Adjunto dos Assuntos Parlamentares, que falava durante uma reunião sobre o Orçamento do Estado para 2012, respondeu assim à oposição, que criticou o secretário de Estado do Desporto e Juventude, Alexandre Mestre, por este ter sugerido aos jovens desempregados que saíssem da sua “zona de conforto” e procurassem oportunidades “além fronteiras”.

"Visão pobre" sobre a emigração

Dirigindo-se especialmente aos comunistas, o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares acusou-os de terem uma “visão pobre” sobre a emigração e qualificou de “normal” aquilo que foi dito pelo secretário de Estado da Juventude, num encontro com jovens em São Paulo, no Brasil.

Segundo Miguel Relvas, actualmente a emigração portuguesa “é uma emigração muito bem preparada”, com “jovens altamente bem preparados” colocados em lugares no estrangeiro, e quem afirma o contrário está a olhar para Portugal “a partir do espelho retrovisor do passado”.

“Nós temos hoje uma geração extraordinariamente bem preparada, na qual Portugal investiu muito. A nossa economia e a situação em que estamos não permite a esses activos fantásticos terem em Portugal hoje solução para a sua vida activa. Procurar e desafiar a ambição é sempre extraordinariamente importante”, reforçou.


Acredito e compreendo o que o ministro quer dizer. E não nego quando eu próprio sinto que fiz a melhor opção! E de tal forma o país se rebaixou aos tratamentos "alheios" dos ex político/corruptos que hoje em dia penso sinceramente se haverá algum dia em que realmente pretenda voltar pelo lado profissional! Não me revejo em qualquer cargo académico, não me revejo na hipocrisia dos corredores de laboratórios onde a competição toma controlo da razão e onde ninguém se consegue falar directamente sem complicar e implicar!
Isto juntando ao que chamam de crise é mais que suficiente para me levar a pensar se não deverei continuar uns valente anos a crescer o meu curriculum e a trabalhar para mim próprio até, um dia talvez, entrar pela porta grande e criar eu as condições de trabalho pelo qual me quero rever no futuro!

“Ah boca linda” ou “hey, beautiful mouth”!

Em época de crise, vamos lá ver se conseguimos capitalizar alguma coisa com o nosso fado, à semelhança, por exemplo, do que fez a Argentina com o seu tango




O Comité Internacional da UNESCO, composto por 24 países, declarou, dia 27 de Novembro, em Bali, na Indonésia, o fado como Património Imaterial da Humanidade. Tudo começou em 2004 com Pedro Santana Lopes, antigo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que lançou a ideia da candidatura do fado e escolheu Carlos do Carmo e Mariza para embaixadores desta expressão artística. Daí à elaboração de um dossier e à consequente candidatura foi um passo de alguns anos. Numa era em que o capitalismo está em iminente decadência, se calhar faz todo o sentido louvar o pós-material como alternativa ao concreto (pois também há muito que nos preparamos para a era do pós-petróleo).
Ouvi uma vez, a Sónia Tavares dos “The Gift” dizer (no programa “Bairro Alto” da RTP2) que não gostava de fado, fiquei surpresa, porque penso que nunca tinha ouvido alguém assumi-lo publicamente. A grande maioria das pessoas tem inevitavelmente no círculo de amigos alguns que manifestam o seu desinteresse por esse estilo musical, contudo sempre senti que havia um certo pudor em assumi-lo. O fado é aquele tipo de coisa que normalmente pertence ao gosto mais maduro, pois 90% das crianças gostam tanto de ouvir fado como dos legumes e do peixe cozido no prato ou de oscular aquela tia com buço.

Eu também não sou uma apreciadora de fado (se calhar ainda não amadureci o suficiente), pronto está dito, mas fico muito satisfeita pelo reconhecimento internacional, pois tenho noção do mérito, apenas não sinto afinidade com o género musical. E tenho também noção que, num universo cada vez mais globalizado, o fado é uma das expressões privilegiadas da nossa identidade.

Reconheço na Amália a maior voz portuguesa, capaz de transmitir o indizível. E sinceramente tenho pena de não ter tido a oportunidade de lhe lançar publicamente um “Ah boca linda!" ou, agora, depois deste reconhecimento internacional, “Hey beautiful mouth!”.

Se até há bem pouco tempo o fado era uma espécie de genética familiar, germinada nas grandes casas, hoje em dia há várias escolas onde se aprende este género musical (na Associação cultural “O Fado” em Chelas; na escola de fado de Odivelas; em Alverca existem também duas escolas de fado; e no próprio Museu do fado). Por isso, se calhar mesmo sem grande talento, basta ter uma alma lusa e alguma persistência para se revelar em nós o tal "poucachinho" de Amália. Em época de crise, vamos lá ver se conseguimos capitalizar alguma coisa com o nosso fado, à semelhança, por exemplo, do que fez a Argentina com o seu tango.

Texto de Cláudia Lucas Chéu • 28/11/2011 - 15:19 
ARTIGO: p3

Contudo, apesar da minha igonância para o estilo músical que o fado é, aprecio a capacidade de transmitir o que de todo é impossível normalmente noutros estilos músicais. E esta é uma delas:

CP quer acabar com o comboio turístico do douro

No Verão passado o resultado de exploração deste comboio a vapor, que durante a época alta faz viagens entre a Régua e o Pinhão, foi de 60 mil euros negativos. Um resultado bastante melhor do que o de 2010, em que o prejuízo foi de 110 mil euros. A CP diz que tal se deveu a um grande esforço para reduzir custos "sem prejudicar a qualidade e atractividade do produto". Este ano o comboio histórico teve custos de 150 mil euros e receitas de 90 mil euros.

A transportadora pública diz que tem tido como parceiros neste negócio o Hotel Douro Palace, a Cenários do Douro, Vintage House, Aquapura Valey, ACP e Régua Douro, mas que "estas parcerias não representam envolvimento nos custos, mas apenas vantagens comerciais para os clientes". Este ano viajaram no comboio histórico 2270 pessoas, o que representa uma média de 206 passageiros por comboio realizado (a capacidade total de é de 250). Uma taxa de ocupação de 82 por cento que, curiosamente, é superior à da média do serviço regional da empresa.

No ano passado este serviço teve 1639 passageiros, a que corresponde uma média de 149 passageiros por comboio. Isto até significa que a procura tem vindo a aumentar e que os prejuízos têm vindo a diminuir, mas a empresa - que, no âmbito do acordo com a troika, está sujeita a uma forte pressão para reduzir custos devido ao défice das empresas públicas de transportes - diz que fazer serviços turísticos não é a sua vocação. Mas não tem dúvidas acerca do "inquestionável valor histórico e turístico deste produto, em particular para a região do Douro" .

A maioria dos clientes deste comboio são de Lisboa e Porto e, entre os passageiros estrangeiros, destacam-se os ingleses, franceses e espanhóis. Alguns vêm integrados em circuitos turísticos no Douro e outros vêm por conta própria. Um inquérito da CP revela que o leque de idades se situa entre os 26 e os 65 anos, "com uma distribuição percentual quase equitativa nas várias faixas etárias, o que prova a atractibilidade e transversabilidade do produto".

Material à venda

O comboio a vapor do Douro é composto pela locomotiva a vapor 0187, que foi construída na Alemanha em 1923 e enviada para Portugal como indemnização da I Grande Guerra. Alimentada a carvão, esta máquina reboca três carruagens de madeira dos anos 20 do século passado, construídas nas oficinas da Figueira da Foz e que pertenceram à Companhia dos Caminhos de Ferro da Beira Alta. Uma das razões que encarece o custo deste serviço é a obrigatoriedade de, atrás da composição, seguir uma dresina com pessoal da Refer e bombeiros que verificam se há algum indício de incêndio nas imediações da via férrea. Um cuidado que não existiu durante os mais de cem anos em que na linha do Douro só existia tracção a vapor.

A CP admite também vender o comboio histórico de via estreita que está parqueado na Régua e que chegou a fazer algumas excursões na linha do Corgo até Vila Real. A última realizou-se em 2005 e a empresa está agora a procurar interessados que possam adquirir a composição (composta por uma máquina a diesel e carruagens históricas). O PÚBLICO perguntou à CP de que forma seria este material posto à venda e por que motivo não integraria este o espólio do Museu Nacional Ferroviário, mas a empresa não respondeu a esta questão.


Público





Posto a questão, o que me faz confusão é como a empresa mais mal gerida do país, mais escandalosamente roubada por todos os políticos que lá encontraram o tacho, se dá ao desplante de abrir sequer a hipótese de acabar com um projecto que, apesar de apresentarem prejuízos por demasiados intervenientes/intermediários/salários, eleva a beleza, aumenta o turismo e enriquece o Douro.


Senhores corruptos, a gente agradece o que vossas excelências tentam destruir constantemente, mas fechem lá os olhos desta vez! Pelo menos evitem encher os bolsos tantas e tantas vezes!  A região agradece! 


PS: Por mais que me apeteça gritar PRISÃO a tais corruptos, o processo de alimentar e dar dormida a tais criminosos não é uma coisa que me assiste!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Essa merda precisa acabar - Jacques Fresco



Por muitas vezes me pergunto porque o povo é tão tapado! Onde está a garra desta gente que já comandou caravelas por esse mundo fora? Estará desperdiçada na cobiça em vez da luta, na inveja em vez da razão. Parem de se auto-destruírem na incapacidade de ultrapassar a ignorância, lutem contra quem vos faz realmente mal e não contra quem tem mais que vós porque mais trabalha! Não lutem pelos direitos do vizinho só porque ele tem um quintal melhor, lutem para ter um igual, e não o dele! Sejam amigos, camaradas e parem de alimentar os PORCOS políticos que vos controlam os pensamentos! Lutem contra essa indecência, contra a vergonha que chamam socialismo hipócrita e mentiroso, socialismo esse que existe para quem interessa! Acordem! Acordem! Acordem, porque no final o elo mais fraco é o primeiro a ser pisado!

Ninguém me muda!

Nem sempre é fácil interpretar os resultados de acções ou escolhas que tomámos.
Lamentamos o porque de nunca termos optado por outras opções, mas por certo que nessas outras condições lamentaríamos não ter tomados as que hoje vivemos.
Nem sempre me revejo no que hoje me tornei, no que realmente fui escolhendo e o caminho que optei, mas na realidade não me revejo noutra situação qualquer.
Por isso, encarar as coisas de forma capaz, sólida e positiva é provavelmente a melhor solução!
A rendição ao pessimismo social crónico, a pequinês medíocre e à sobrevivência!
E no final, contorno o mundo, olho a volta e respiro fundo, porque por mais que me queiram moldar, sou eu e só eu! E isso ninguém muda!

jazz party lund 8

J. Jameson

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O final do grito.

Grito, grito tanto. Grito sem parar. Grito para irritar. Até sangrar.
A dor por si grita por mim. 
Tudo o que vejo nesta narrativa da vida é falsidade e pretensão. Todos representam os seus na perfeição de bons samaritanos. E enquanto eu, simples não correspondido da felicidade, me encontro perdido debaixo de uma sombra de uma árvore, vejo tudo em roda como se um circo se tratasse. Vejo, admiro, rio-me até a exaustão. Mas chega, falsos moralistas hipócritas não sabem representar tão bem assim. Não se enquadram no grau de moralismo artistico que revejo no meu teatro. Esta na altura de saberem improvisar. Parem de me enervar. Já me dói a voz, já não me satisfaz gritar. Já estou cansado de gritar. E este sabor amargo de dor já passou os limites!

Por 1/4 de fogo!

Encurralado. O mundo fecha-se. Ou simplesmente já estava fechado antes.
Revolto-me, faço virar tudo ao contrário, destruo tudo que tenho, transformo tudo num monte de cacos.
Procuro uma explicação para o nada. Nem sequer uma pergunta concreta faço.
Crio explosões alucinatórias, numa espécie de irrealidade insatisfatória.
Interrompo o sonho que me faz como homem viver, e transformo o homem em mim em realidade do meu próprio idealismo.
Por cada bafo sangrento meu se levantam mil questões socialmente inexplicáveis. Por alguma razão pouco óbvia as continuo a levantar. Não as compreendo, nem elas me compreendem a mim.
A relação entre o sonho, o querer e a realidade acabou à muito. Não me encontro jamais entre tão perdidas formas irreconhecíveis de vida.
Insignificancia ofereço eu para louvar o que outrora me foram idolos.
Sento-me, olho em volta. Vejo a merda em que tudo se tornou. Um furacão de raiva.
Recomeçar está fora de questão. Já foi o tempo para isso. Não tenho retorno, não tenho opções!
Tudo vai ficar o mesmo se nada fizer. Não existe uma janela de felicidade.
Espalho gasolina, queimo tudo. Tudo mesmo, sem rastos. Deixo-me arder com tudo.
Afinal o mundo é demasiado pequeno para mim.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Lágrima solitária.

Solta-se um lágrima. Raiva, desespero.
Não o compreendo, mas sinto-me assustado. Respiro fundo, fica tudo igual. A cada segundo um pouco de mim parece mais pobre. Sinto-me parado. O tempo bloqueou-me neste canto escuro. Não há vida alguma. Sinto-me tão morto que nem a morte me diz algo. Estou preso por arames, e um pequeno sopro me deita a baixo. Estou cansado sim, estou nervoso sim, mas acima de tudo, não estou nada, nem sou nada, nem me vejo a fazer nada, nem a ter nada. Estou entre o nada e o quase nada. Os nervos batalham, baralham-me e fazem sentirme só! Não sei que fazer, onde me enfiar, onde respirar.
Estou assim, e assim parece que vou ficar muito tempo.

Lund park and me