quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Já alguém o disse antes!






Mãe, eu quero ficar sozinho... Mãe, não quero pensar mais... Mãe, eu quero morrer mãe.
Eu quero desnascer, ir-me embora, sem ter que me ir embora. Mãe, por favor, tudo menos a casa em vez de mim, outro maldito que não sou senão este tempo que decorre entre fugir de me encontrar e de me encontrar fugindo, de quê mãe? Diz, são coisas que se me perguntem? Não pode haver razão para tanto sofrimento. E se inventássemos o mar de volta, e se inventássemos partir, para regressar. Partir e aí nessa viajem ressuscitar da morte às arrecuas que me deste. Partida para ganhar, partida de acordar, abrir os olhos, numa ânsia colectiva de tudo fecundar, terra, mar, mãe... Lembrar como o mar nos ensinava a sonhar alto, lembrar nota a nota o canto das sereias, lembrar o depois do adeus, e o frágil e ingénuo cravo da Rua do Arsenal, lembrar cada lágrima, cada abraço, cada morte, cada traição, partir aqui com a ciência toda do passado, partir, aqui, para ficar...
Assim mesmo, como entrevi um dia, a chorar de alegria, de esperança precoce e intranquila, o azul dos operários da Lisnave a desfilar, gritando ódio apenas ao vazio, exército de amor e capacetes, assim mesmo na Praça de Londres o soldado lhes falou: Olá camaradas, somos trabalhadores, eles não conseguiram fazer-nos esquecer, aqui está a minha arma para vos servir. Assim mesmo, por detrás das colinas onde o verde está à espera se levantam antiquíssimos rumores, as festas e os suores, os bombos de lava-colhos, assim mesmo senti um dia, a chorar de alegria, de esperança precoce e intranquila, o bater inexorável dos corações produtores, os tambores. De quem é o carvalhal? É nosso! Assim te quero cantar, mar antigo a que regresso. Neste cais está arrimado o barco sonho em que voltei. Neste cais eu encontrei a margem do outro lado, Grandola Vila Morena. Diz lá, valeu a pena a travessia? Valeu pois.
Pela vaga de fundo se sumiu o futuro histórico da minha classe, no fundo deste mar, encontrareis tesouros recuperados, de mim que estou a chegar do lado de lá para ir convosco. Tesouros infindáveis que vos trago de longe e que são vossos, o meu canto e a palavra, o meu sonho é a luz que vem do fim do mundo, dos vossos antepassados que ainda não nasceram. A minha arte é estar aqui convosco e ser-vos alimento e companhia na viagem para estar aqui de vez. Sou português, pequeno burguês de origem, filho de professores primários, artista de variedades, compositor popular, aprendiz de feiticeiro, faltam-me dentes. Sou o Zé Mário Branco, 37 anos, do Porto, muito mais vivo que morto, contai com isto de mim para cantar e para o resto.

José Mário Branco, 1982.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Só eu no teu vazio!

Preciso dizer?
Preciso explicar?
Ás vezes penso que falo chinês...
Não me entendes. Não percebes?
Ou simplesmente te fazes despercebida?
Eu sou o que sou, o mesmo desde os meus 16 anos.
Aquele que passou pelas brasas, ou para mim, pela merda!
Aquele que já viveu do pior ao desinteressante.
Aquele que fazes amar-te., que se diz louco por.
Que queres tu mais?
Eu compreendo o quanto difícil ver as coisas do outro lado.
Mas no fim de tudo sou eu que te fala.
Sou eu o que te diz o que quer, o que sente e que tu não acreditas!
Sou eu que chora por lágrimas secas.
Sou eu quem tu não acreditas e vês num mundo diferente.
Sou só eu, o único que tu amas!

Mais um dia estranho...

São 16:30. Vou no autocarro em direcção à baixa da cidade.
Penso num óptimo sítio para tomar um café quente.
Está tudo gelado, principalmente porque esteve a chover e agora arrefeceu outra vez.
Ainda ontem estive no limite de cair a cada passo que dava sobre o gelo.
Ligo os meus phones ao telemóvel e ouço música. Radiohead - 15 steps.
Uma grande música.
O autocarro vai parando em vários pontos da cidade.
Vê-se imensas pessoas a entrar e a sair. Um movimento contínuo.
Quase que fazia uma música com ritmo, em que cada entrada e saída das pessoas eram um som distinto.
Numa dessas estações acaba de entrar uma pequena miúda. Tem um ar tímido, simples.
Com uns olhos claros pede para a deixarem passar. Está numa cadeira de rodas.
Não tem mais de 15 anos. Estava sozinha e mostra-se independente.
Não paro de pensar o que lhe terá acontecido. Que infelicidade será ser assim.

Passo os meus dias a reclamar porque me acho infeliz por todas as minhas escolhas.

Sinto-me triste por não te ter ao meu lado, sinto-me vazio.
No entanto vejo esta miúda que perdeu um valor físico enorme. 
Mas tem um ar simples.
Enquanto ouço música vou batendo o pé em forma de acompanhar o ritmo.
Ela está de frente para o meu lugar e observa-me a bater o pé.
Que pensamentos lhe irão na mente? 
Estará a pensar o mesmo que eu? 
Eu bato o pé para seguir a música, ela deve-se perguntar tantas vezes porque não o pode fazer.
Não consigo tirar a tristeza de ver a pequena rapariga bloqueada a uma cadeira de rodas.
Há muitas injustiças neste mundo. 
O ser humano passa o tempo a auto destruir-se. 
Álcool, cigarros, drogas. Arrisca a vida no limite da adrenalina, só para se sentir importante.
A miúda de cadeira de rodas não o faria. 
Trocaria de lugar e auto estimava-se. 
Dava valor a todos os passos que daria. Amaria cada segundo de pé. 
A vida é estranha pela injustiça que aplica a quem não merece.


quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O meu primeiro presente.

Lembro-me como se fosse hoje.
Era natal, estava frio. Estava em casa dos meus avós.
Todos estavam cansados. Todos os natais eram assim.
Toda a gente estava cansada dos últimos dias de trabalho intensivo.
Era pouco mais da meia noite e sabia, que depois, abriria os meus presentes.
Estava desperto como se fosse cedo ainda.
Estava excitado. Quase que puxava a minha mãe.
Entra a chave da fechadura e a minha mãe demorava-se a abrir a porta.
Entro e corro para o presente maior, o verdadeiro presente de natal.
Todos os outros já sabia o que era. Queria era saber aquele.
Abri. Os meus olhos brilhavam a cada décibel emitido pelo papel rasgado.
Ali estava ele. O meu presente.
Não estava mesmo à espera.
Era um Walkman, "Uma cena..."!!!!!
Os meus olhos mostravam um orgulho.
Era um walkman e trazia uma cassete.
Eram as "mini star". Nem fazia ideia quem eram.
Mas era o meu primeiro presente que me fazia "jovem" e não criança.
Estava radiante com tal presente.
Estava na idade de ouvir música, de ter as minhas cassetes e saber escutar.
E nem tinha dado conta que já a tinha atingido.
Que brilho. Que sorriso tão puro era aquele.
Voltei a ter muitos outros bons presentes. Mas aquele tornou-me uma grande pessoa.

Cruzamentos...

Vejo o sinal vermelho. Paro!
Fico à espera de uma luz que leva a continuar.
A rua está deserta, ninguém caminha. Não há carros.
Está frio. Tenho as pernas gélidas...Não as sinto.
O silêncio torna-se mortal. Nada. Vazio.
Apreço um abutre à espera do resto que nos possa calhar.
A breve brisa que corre corta-me a pele.
Sinto-me gélido.
Já não sei que pensar. E está frio.
Parece nunca mais acabar! Porque me meti eu nisto?
E o tempo não passa.
O vazio continua.
O silêncio enlouquece-me mais uma vez.
Maldito telemóvel nem toca.
Espero por algo de bom. Uma mensagem boa.
De alguém que eu espero tudo, mas não parece ceder.
Mas este frio. Corta!!!
E o tempo não passa. E o frio piora.
Agora nem os pés, nem as mão. As orelhas já as perdi.
Estou a ficar em pedaços difícil de voltar a colar. Talvez deva usar...
Não sei que solução dar. E cada vez estou mais gelado.
Sinto-me tão sozinho que o o valor da companhia enfraquece-me.
Sou visto de branco, como se não fosse jamais de preto.
Sinto-me perdido. O frio piora.
O telemóvel não toca. Ainda não há notícias.
A luz verde vem. Arranco.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Devo tomar qualquer coisa ou suicidar-me?

Quando pensa deitar-se, já é outro dia. Batem à porta. É o "sô" Manacés, o barbeiro. Pessoa mal lhe dá os bons-dias. O pigarro prende-lhe a fala. Calças a cair do corpo, aponta para a pretinha. Manacés compreende o sinal. Vai ao Trindade enchê-la, ainda nem afiara a navalha. Barba feita, o poeta vai para o escritório. Faz algumas traduções. Almoça no Martinho da Arcada e, antes de voltar ao trabalho, entra numa taberna, meio titubeante. Pensa no seu médico que o proibira de beber. Então questiona-se.
Devo tomar qualquer coisa ou suicidar-me? 
Não: vou existir. Arre! vou existir. 
E-xis-tir... 
E-xis-tir... 
Dêem-me de beber, que não tenho sede! (6)
Noite de 27 para 28 de Novembro. Pessoa encolhido na sua cama, as mãos a pressionarem o abdómen, cólica hepática. Geme, dor. Manhã de 28. Pessoa é transportado para o Hospital de S. Luís dos Franceses. A dor aperta, sufoca. O poeta agoniza. Implora pelo fim de tanto sofrimento. Aplicam-lhe um analgésico. Sob o efeito da droga, reflecte sobre a vida que ameaça escapar-lhe agora.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A idade do Gelo

Frio. Arrepia-me, gela-me dos ossos até a epiderme! Quebro-me.
Fico bloqueado, sem senso. Não penso e esvazio-me. Os nervos não comunicam.
A atmosfera pesa-me no de forma dolorosa. A pressão existente no imaginário vazio.
Trabalho, durmo, mas não penso.
Escurece mal o nasce o sol. Fico tudo branco, tudo é gelo. Tudo silencioso.
Não apetece sair do meu mundo. Mas saio. Já está. Já estou.
Tudo se aglomerou.
Levam-me a fazer o que não espero. Faço. Fiz.
Fazem-me focar o que não vejo. Foco. Foquei.
Penso... Já nem sequer penso. Já não sei pensar. Já não sei o que é isso.
Sou apenas um bloco de gelo nórdico.
Pareço um robô da idade do gelo,
programado para fazer o que já não sei o que é.
Que faço eu? Que decisões tomar? Que lutar?
Estou gelado. Quebro-me.
Sou um cubo de gelo, num mundo gelado.
Sou eu, apenas e simplesmente na idade do gelo.
O meu dia-a-dia que não escolhi.

Serra da Estrela

domingo, 5 de dezembro de 2010

Linda Martini - O amor é não haver polícia




Sentimos no ar a melodia etérea. É a nossa música.
Cantamos e dançamos como se fosse a última vez, o
último olhar, o último toque, o último beijo.
Estás linda.
O teu vestido, da cor do vinho que enche os copos,
aquece o chão que pisas e relembra a razão. Todas as
razões.
Diz-lhe para parar aqui. Eu queria tanto parar aqui.
Os olhos param em ti e em mim, enquanto preenchemos o
espaço vazio, impossivel de preencher por alguém que
não nós. Não pedimos o fim, mas não nos importamos se
acabar assim.
Diz-lhe para parar aqui. Eu queria tanto parar aqui. O
mundo é grande e em todo o lado se vive. Diz-lhe para
parar aqui, vivemos em caixas de fósforos. Não
sopres.
Se as mãos pudessem dizer por mim.
Eu queria tanto parar aqui.

Pára.


Linda Martini

A tua faca é suficiente!

Espeta-me uma faca.
Usa a tua melhor faca. Demonstra o valor que me dás.
Despreza-me, ignora-me!
Releva o ódio que em mim depositas.
Mostra do que não sou feito, folheia a tua raiva no meu livro.
Esquarteja-me os capilares sanguíneos.
Dá-me sofrimento, dá-me dor!
Rasga-me. Corta-me em peças, deita ao chão, pisa-me!
Deixa-me no vazio, inconsciente!
Usa a tua melhor faca! Vamos cortar isto em dois e amanha esquecer.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Tempo! Apenas muda insignificâncias.

Todos mudam. Tudo muda!
Eu sei. Tu mudas, eu mudo.
O tempo tanto destrói como fortalece!
Depende do que queres!
A saudade, a distancia. o medo, a insegurança!
O tempo cura ou magoa!
Mas por mais tempo que a distância traga,
por mais insegurança que o medo promova,
Por mais saudade que magoe,
Eu aguento.
Eu dou o peito à bala, Eu vou de frente!
Nada me leva a separar de ti.
Nada me afugenta de quem amo!
O tempo pode magoar, saturar, estilhaçar.
No fim prevalecemos nós. O nosso mundo!
Não importa acelerar o tempo. Vale apenas esperar e viver com saudade e a lágrima no olho!

terça-feira, 30 de novembro de 2010

O tempo passa, a mente fica igual!

Quanto mais tempo precisas para veres o tempo passar por ti?
Olhas em volta, vês o mundo a mudar, 
Vês a família mais velha, a casa mais velha, o carro velho, o amigo velho.
Vês o mundo velho, vês a árvore velha, vês o cão velho!
Vês tudo a envelhecer.
Tu continuas, dás passos de jovem, dás tropeções de criança,
Não há excessos que provoques que não te degradem!
Vês o mundo como queres ver, como o preferes.
Ignoras as marcas das rugas, os cabelos brancos, o stress.
Fazes-te passar por aquilo que não és, fazes os outros sentirem-se bem à tua volta!
Mas no fundo... tu acompanhas o mundo à mesma velocidade!
Não existe o elixir mágico, não há segredos, e o vinho do porto é um mito!
Estás a caminhar contra o tempo.
Por mais que queiras, assim o será e velho morrerás!
Mas enquanto vives como te sentes bem, aproveita!

Quero ser eu aos teus olhos

Trago mensagens, trago segredos, trago medos!
Ando com eles o dia inteiro, com se trata-se de tatuagens,
marcas sangrentas na pele que me magoam, me deixam inseguro.
Luto para as tirar, quero apagar isto! Quero apagar os pontos negros da história!
Não os omito, nem os quero ignorar, preciso de os eliminar.
Passos de insegurança que me fazem tropeçar, me liberta a lágrima pelo rosto
formas de sangue transparente tal é a sua força.
Tenho tantos medos como segredos, tantos momentos que menosprezo.

Esfrego a pele, massacro-me, raspo-a até ver apenas carne!

Quero limpar todas estas marcas, quero sentir-me limpo.
Quero sentir o sangue a correr, quero sentir a dor! A vida sente-se por isso, por ti, por nós.
Mas não vejo o sangue, está por trás desta pele maldita! E quando a raspo mais pele vejo.
Quero ter-te! Quero-te sem medos!
Quero que me vejas com outros olhos, que me esqueças antes de me conheceres!
Quero que marques um passo de cada vez, um passo só nosso! Um novo começo.
Ser só um! Só te quero sentir segura de nós! Esquece o que não existe!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

um daqueles mails que dá vontade de partilhar!

PARTIDOS POLÍTICOS À PARTE, REENVIO DEVIDO À GRAÇA QUE REALMENTE ENCERRA ESTA INTERPRETAÇÃO.

  *Assim surgiu a humanidade.*
 (História resumida)

Para todos aqueles que não se interessam muito por antropologia, aqui vai
uma versão resumida:
 Originalmente os humanos começaram a organizar-se em pequenos grupos de
caçadores/colectores nómadas.
 No verão habitavam as montanhas e alimentavam-se de veados e outros animais;
no inverno desciam até à costa e viviam à base de peixe e marisco.
 Os dois mais importantes marcos no desenvolvimento primitivo foram a
invenção da cerveja e da roda.
 A roda foi inventada com o propósito de conduzir o homem até à cerveja.
 Estes dois progressos tecnológicos formaram a estrutura para a fundação da
civilização moderna e juntos foram o catalisador da divisão dos humanos em
dois subgrupos distintos:

1- Socialistas

e

2- Conservadores.

Assim que foi descoberta a cerveja a necessidade de enormes quantidades de
grão para a sua produção levou ao surgimento da agricultura.
 Mas nem o vidro nem o alumínio tinham sido ainda descobertos. Por isso os
nossos antepassados passavam muito tempo sentados à porta das cervejarias à
espera do momento da sua produção.
 Esse facto está na origem da formação das aldeias e cidades.
 Alguns homens passavam o dia a caçar e a preparar a carne dos animais para a
consumirem à noite, no barbecue, enquanto bebiam cerveja.
 Este foi o início daquilo que é hoje conhecido como movimento Conservador.
 Outros homens, mais fracos e menos dotados para a caça, aprenderam a viver à
custa dos conservadores aparecendo à noitinha, agachando-se perto do
barbecue e oferecendo serviços de costura, de fretes e de barbeiro.
 Este foi o início do movimento Socialista.
 Alguns destes homens Socialistas desenvolveram um gosto efeminado e
tornaram-se conhecidos por "maricas".
 Entre outros desenvolvimentos dos Socialistas que merecem menção
encontram-se a domesticação dos gatos, a invenção da terapia de grupo, os
abraços em grupo e em publico e o conceito de Democracia, para decidir
através do voto como deveria ser dividida a carne e a cerveja que os
Conservadores providenciavam.
 Com o passar dos anos os Conservadores passaram a ter como símbolo o maior e
mais poderoso de todos os animais: o elefante.
 Os Socialistas ficaram simbolizados pela  pega-rabuda, por razões óbvias.
 Os Socialistas modernos gostam de cerveja misturada com Seven-Up, vinho
branco adamado e água francesa engarrafada. Comem peixe quase crú mas
preferem a carne bem passada. Suchi, tofu e comida francesa constituem a
imagem de marca destes Socialistas.
 Outros aspectos interessantes: a maioria das mulheres dos Socialistas
possuem níveis mais elevados de testosterona que os seus maridos e quase
todos os trabalhadores sociais, gays, artistas, jornalistas e poetas são
Socialistas.
 À medida que o seu número aumentava os Socialistas inventaram os impostos
progressivos para que cada vez um numero maior de Socialistas pudesse viver
à custa de um numero menor de Conservadores.
 Os Conservadores preferem cerveja nacional, sobretudo Super Bock ou Cristal.
Comem carne mal passada e providenciam a alimentação das suas mulheres e
filhos. Os Conservadores são bons caçadores, toureiros, operários de
construção, bombeiros, médicos, polícias, engenheiros, administradores,
atletas, militares, pilotos e, em geral, distinguem-se em todos os ofícios
produtivos.
 Os Conservadores que administram as suas próprias empresas apreciam
contratar outros Conservadores que fazem do trabalho a sua forma de vida.
 Os Socialistas produzem pouco ou nada. Mas gostam de governar os produtores
Conservadores e decidir para quem eles devem produzir. Os Socialistas
acreditam que os Europeus são mais desenvolvidos que os Americanos. Esta é a
razão pela qual a maioria dos Socialistas permaneceu na Europa enquanto os
Conservadores viajaram para a América. Os Socialistas só acabaram por
aparecer na América depois de o Far-West estar completamente seguro e
estabeleceram-se com negócios da treta, a tentar iludir os incautos.
 E por hoje chega de história da humanidade.
 Deve realçar-se que, ao ler isto,  qualquer Socialista pode ter um
sentimento momentâneo de fúria e não reencaminhar esta mensagem.
 Um Conservador simplesmente dará uma boa gargalhada e, convencido da
absoluta verdade desta história, reenvia-la-à imediatamente para outros
verdadeiros crentes; e também para outros Socialistas, só para os chatear.
 E com isto se põe um ponto final nesta história. Deixemos que a tua próxima
acção te revele o que há de substantivo em ti mesmo. Cá por mim vou beber
outra cerveja!!!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Poeme, meu amigo!

Morreu o meu amigo, meu companheiro!
Foi o melhor cão que já alguma vez contactei.
Era lindo, meigo, atencioso e inteligente.
São tantos momentos que me passam pela cabeça com ele.
Lembro-me de estudar para os exames nacionais a pousar a cabeça sobre o corpo dele fazendo-o de almofada! Ele não se mexia!
Lembro-me de ele me roubar o chinelo! lembro-me de ele se atirar para a piscina para chamar a atenção!
Lembro-me de tanto porque ele foi embora!
Foi sem dúvida tão precioso!
Que injustiça! Não o merecias!
Ficaras sempre na minha memória como um amigo!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010




The first time I saw you you were chasin' down
A cyclone all alone in the field
With railyards and clovers, I kept rollin' on
Never thought you'd wind up chasin' me

Settle down
I won't hesitate
To hit the highway
Before you lay me to waste, no
Saddle up and I'll help you find something to drive
Before you drive me insane

You're tired of walkin'
And you loathe the ground
The sidewalk will barely touch your feet
Life moves too slowly to hold you down
With ring in hand you take it out on me

Settle down
I won't hesitate
To hit the highway
Before you lay me to waste no
Saddle up and I'll help you find something to drive
Before you drive me insane

So get yourself a car
And drive it all alone
Get yourself a car
And ride it on the wind
Get yourself a car
And drive it all alone
Get yourself a car
And ride it on the wind

Settle down
I won't hesitate
To hit the highway
Before you lay me to waste no
Saddle up and I'll help you find something to drive
Before you drive me insane

So get yourself a car
And drive it all alone
Get yourself a car
And ride it on the wind
Get yourself a car
And drive it all alone
Get yourself a car
And ride it on the wind

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Ironias!

Ironia:  é um instrumento de literatura ou de retórica que consiste em dizer o contrário daquilo que se pensa, deixando entender uma distância intencional entre aquilo que dizemos e aquilo que realmente pensamos. Na Literatura, a ironia é a arte de gozar com alguém ou de alguma coisa, com vista a obter uma reacção do leitor, ouvinte ou interlocutor.
Há demasiadas ironias em meu redor:
1- Ironia é ter comprado um sofá e não ter casa ainda;
2- Ironia é gostar do trabalho e não querer trabalhar;
3- Ironia é querer ser feliz e não ter quem se ama ao lado;
4- Ironia é sofrer e pensar cada vez pior em vez de fazer o contrário;

São quatro em centenas que podia citar!

Agony!




Am i gonna be all right?
No i'm not gonna be all right
Nothing is all right now
Am i gonna see the sun come up?
Or am i going down?
'cause every day i'm here
All i feel is sheer
Agony 

Friends tellin' me that maybe i need
Some psychiatric help
Yeah they're always so quick to tell you
Just how to get on with it
But i look into the mirror
And all i see is age, fear
And agony

If i could just remember what it was like
When i was younger
Before all the joy and happiness
Was replaced with hunger
Now all i've got to show for the seeds that didn't grow
Is agony

sábado, 16 de outubro de 2010

Tu, aquela! fica comigo!

Caminhas...
Fazes os teus passos como segundos de caminhada...
Tudo que esmagas com os teus preciosos pés é apenas um passo,
um momento da tua vida tão superior a todos os segundos de sucesso.
Tudo se torna tão mais sereno quando és simplesmente feliz.
Não sei que passos tomar, não sei que passos acelerar!
Tenho saudades, sinto tanto a tua falta que me magoa,
tanto que me leva a pensar em fazer retrocesso de passos!
Aquela nostalgia linda que me fazes sentir, aquela sensação tão perfeita de quem sente saudade!!!
Eu amo-te tanto, eu quero-te tanto!
Eu não sei o que te dizer, não sei o que te fazer,
mas cada nota que toca em plena guitarra me faz sentir tão próximo!

Cada dia que passa tudo parece tão difícil,
mais árduo, mais inútil, mais fútil.
Não sei onde me encontrar, não sei onde te procurar.
Procuro respostas em garrafas de Jameson,
Respiro fundo perante dezenas de cigarros,
e vejo-te cometer insanidades
perante caminhos que escolhemos.
Eu sei o quanto difícil pode ser todas as opções,
eu  sei quanto pode ser injusto as decisões,
mas sou eu, puramente eu, só eu! (E.Q.)

Vai haver aquele dia que um de nós vai desistir,
um de nós vai ser unificado.
Vamos ser únicos, um só!
Se algum dia tiveres medo de algo, eu confesso,
tenho medo de ser feliz!
nunca o fui, propriamente...
Nunca tive aquele momento perfeito além de te ter nos braços.
Nunca me senti completo, tal como não me arrependo de ti!

Fui alguém.
Serei alguém.
Mas não o sou agora!
Não estás aqui... Não sou ninguém!
Sou só, sou vazio, sou refúgio de um lixo!
Quem te tem, quem eu não tenho!
Serei tão fútil?
Não menosprezo o que me oferece alguém,
mas tu deste-me vida,
tu deste-me sentimentos,
fizeste-me sentir que sou humano!
Um dia eu pensei que alguém realmente ama!
Porque fugis-te tu afinal?
que estupidez fiz eu por instabilidade irracional?
Fodasse,
Não compreendo como o ser humano é tão irracional!
Eu amo-te, eu quero-te, eu não te tenho!
Tudo é tão simples!
É sempre a mesma história, "Wish you were here"!


 Tal como não sabes como renegar à tua palavra, eu tb nao sei!
 vamos continuar no mesmo!
 se soubesse desistir já estava ao teu lado!
 não é porque nao te amo, apenas porque nao tenho coragem para tal!
 sou um cobarde, um triste q nao sabe o que fazer,
 um simplósio que não sabe mais nada que te amar!
 Tu és tão especial, tão linda, tão perfeita, tão...
 há tantos "tãos" nesta frase... és tão... tantos "tãos"!
 não sei que mais fazer para te convencer, que mais fazer para te fazer acreditar em mim, para acreditares q não te tenho por namoro, mas por pessoa que quero na minha vida!
 aaaaahhhhhhh, que raio que me foste fazer tu anos atrás!!!!
 só me fazes sofrer agora que nao me queres ao teu lado! que raio!
Porque dificultamos tudo nós?

sábado, 25 de setembro de 2010

Fotos, Fotos e mais fotos!

A primeira vaga de fotos chegou!
Ainda faltam muitas para colocar mas tenho de sair, durante o fim de semana acabo de colocar mais!

Espero que gostem e opinem!


http://www.flickr.com/photos/tmfoto

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Itália, Esse País!

Alpes vistos do lado Italiano!
Era uma vez...
Esta forma de começar a contar algo  foi sempre peculiar, e marcou todas as gerações infantis.
Deste vez, e para não variar, venho fazer um resumo das minhas frustrações, viagens e alucinantes descobertas.
Era uma vez eu, num país em forma de bota chamado por alguns Itália (depende da língua...).
País engraçado, bastante aprovado para visitar e explorar, com paisagens lindíssimas, com pessoas simpáticas quanto baste, comida........comestível passado mais de uma semana!
Pois bem, comecei as minhas caminhadas científicas por terras italianas, e logo por duas conferencias próximas em termos de data e geografia.
Antes de tudo começar, uma pequena lua de mel, acompanhado pela mais que tudo, conhecendo o norte italiano do lago de Como, até aos Alpes suíços...
Posteriormente lá vamos para a conferencia em Bolonha, cidade engraçada, com imensa história, e muito para conhecer.
A conferencia por ser a primeira levou-me a sentir motivado para lá estar, aprender e intervir o mais que pude!
Apesar do grupo grande de pessoas ao qual nos juntamos para conhecer Bolonha, o que leva a andarmos todos um pouco organizados e a conhecer só certas coisas, foi engraçado. Apesar de ter podido ser melhor...
Entretanto, infelizmente sozinho, fui conhecer outras zonas de Itália, o norte-este, como Mantova, Verona (ui ui, Verona...) e afins.
Adorei a hospitalidade do meu amigo Stefano, e especialmente pelos Pais, que me ensinaram a fazer a verdadeira Pasta, me obrigaram a provar todos os tipos de vinhos, e a ter de dormir a sesta as 3 da tarde tal era o grau de alguns!!!!!!
Posteriormente Rimini. Tipicamente turística, sem muito para conhecer, simples, básica e sinceramente nem de férias gostava muito de lá ir!
A praia é foleira, mas a comida até tem a sua piada (que vem de PIADINA!!!, perceberam?)...
A conferencia, esta foi chatice total, aborrecida e fora de interesse para mim!
No final mais um amigo, mais um Italiano e para ser mais simples, mais um Stefano a fazer honras da sua terra natal, onde me fez provar uma espécie de rodízio de piadinas, o que foi muito bom!.
Por fim o regresso ao frio, chuva, depressão, solidão, tristeza... mas o meu canto! infelizmente a começar a contar dias e meses para apurar o animo!
Como conclusão, Itália é lindo, muitas semelhanças com Portugal (o correcto é nós com eles) e acima de tudo quero voltar para conhecer o que evitei de conhecer sozinho: Florença, Veneza e Roma!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

A solidão por Francisco Buarque de Holanda

Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... Isto é carência.
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade.
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos... Isto é equilíbrio. 

Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida. .. Isto é um princípio da natureza.
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... Isto é circunstância.
Solidão é muito mais do que isto.
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma.... 
 

Francisco  Buarque  de  Holanda
 

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Na berma do abismo!

Observo a lua e foco-me em pensamentos.
Sinto vozes dentro da minha cabeça,
Aconselhando-me a seguir-te.
A lua brilha em forma de áurea.
Por breves segundos sinto-me sem forças.
Sinto-me só, abandonado pelo mundo, sem ti.
Não sei o que fazer.
Por mais atitudes que aconteçam só sinto patadas.
Sinto-me a entrar num beco sem saída.
Estou encurralado num mundo que não é meu, não sou eu.
Sinto-me cada vez mais distante de ti
e não sei o que fazer.
Apetece-me ver-te agora, estar ao teu lado.
Ouvir as tuas lamentações diárias,
os teus problemas secundários,
os comentários sociais só teus.
A cada passo que dou sinto-me mais vazio.
Sinto-me incompleto.
Por mais que foque essa áurea lunar, mais tenho a certeza que tudo magoa.
Estou dorido de tanto sofrimento.
Precisava de um coma, de uma hibernação, de um esconderijo.
Apetece-me ter-te enquanto ainda me queres.
Mas que faço eu longe de ti?
É necessário tudo isto?
Estou desesperado!

O rosto da minha Avó!

Exploro o meu olhar pelo teu rosto.
Revejo nela tantas expressões que os anos te marcaram.
Vejo rios de experiência,
Vejo os teus dias mais lindos.
Vejo também negros momentos, infelicidades.
Tudo demonstrado em rugas!
Outrora sonhas-te na felicidade tua, dos teus, dos outros dos teus.
Sonhas-te por um dia sem lutar.
Por um dia acordar sem medos.
Quantas lágrimas já se correram nessa face?
Quantos sonhos tiveste e não finalizas-te?

Sonhas-te?

Lembraste-te de viver a vida?
Que resumo breve fazias?
Quantas vezes te levantas-te para trabalhar sem teres dormido?
Quantos sorrisos expressas-te?
Vejo-te saudosa de tempos passados,
De um dia em que contiveste a emoção.
Há tanta história nesse teu rosto lindo!
Conta-mas, explica-me como foi.
Deixa-me encantado como sempre.
Faz de mim um décimo de pessoa que és.
Tenho tantas perguntas para ti, tantas respostas que te quero ouvir dizer.
Quero correr essas memórias nas tuas cansadas marcas.
Quero entender os teus medos, as tuas crenças, os teus segredos.
Quero perceber-te,
Quero conhecer-te.

sábado, 18 de setembro de 2010

Vamos dormir...



Vamos dormir.

Vamos fechar os olhos, manter o silêncio precioso, respirar fundo.
Vamos dormir de mão dada, com palavras silenciosas.
Vamos correr por essas imensas montanhas em sonhos,
Entrar por túneis em qual não vemos a saída,
Vamos rir, chorar, gritar, vamos descansar.
Vamos apenas estar juntos, em silêncio.
Vamos sorrir sem falar, apenas pelas nossas lembranças.
Vamos palpitar o nosso coração em conjunto.
Vamos caminhar nessa escuridão sem fim, mas juntos, perdendo medos
Eu quero tanto ter-te nesses momentos, nessas comunicações silenciosas em que nos entendemos tão bem.
Tenho saudades tuas. Dos teus sorrisos indiferentes, das tuas gargalhadas,
Das tuas expressões faciais, do teu cheiro.
Tenho saudades do teu aconchego.
Tenho saudades de te dar a mão enquanto dormes!
Vamos apenas dormir...

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Medos

Escondes-te, simulas um mundo só teu.
Mostras-te afrontada com as circunstancias da vida,
Revoltas-te com as injustiças que te foram aplicadas
Tapas-te com uma manta invisível, com silêncio em redor.
Pareces talhada para te refugiares de tal forma que o fazes.
Mostras-te indisponível, indiferente, inflexível.
Escondes-te até de mim, como se fosse eu o culpado do mundo ter dia e noite.
Eu não o escolhi sozinho, mas o destino criou a distância.
Não foi por mal, não foi intenção.
Deixa-me refugiar nesse teu mundo, esconder-me nessa manta.
Deixa-me libertar as lágrimas de raiva, deixa-me esconder as minhas magoas,
As minhas frustrações. Deixa-me ficar contigo. Sozinhos.
Quero estar nesses teus momentos, nesses teus devaneios, loucuras...
Quero pertencer ao bom e ao mau, quero chorar a teu lado.
Quero estar triste, alegre, feliz ao teu lado.
Quero entrar nesses teu mundo tão pequeno e reservado que parece selvagem.
Abre essa porta, levanta essa manta, não te escondas de mim mesmo...

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Insucessos da vida!

Em fundo desespero damos conta dos nossos demais insucessos.
Damos conta de erros, de falhas, de problemas.
Damos conta do que não soubemos escolher,
de tudo aquilo que nos faz sofrer.
Será que existem alguém perfeitamente feliz? não acredito.
Existe sempre aquela falha.
Eu fiz opções, cumpri sonhos e abdiquei de outros.
Terei feito demasiados traços de futuro que nunca chegaram a aparecer.
No entanto sinto-me realizado com tudo.
Mas mesmo assim gostaria de saber o que teria acontecido se tivesse feito outras escolhas.
A demagogia do meu destino assim o quis, assim o proporcionou.
Com a minha idade os meus pais já tinham a sua vida, filho e afins.
Tinham casa, família, empregos...
Eu continuo a estudar, continuo longe de quem amo e acima de tudo não vejo o futuro.
Aquele futuro que tanto idealizei, tracei, sonhei!
Mas porque razão?
Os tempos mudam, as gerações são outras, mentalidades diferentes.
Mas porque razão os ventos nos levam a traçar destinos tão distantes?
O meu mundo fica demasiado grande sem ti, sem vós, sem horizontes!
Quero-te ao meu lado, quero os meus amigos ao meu lado, quero os meus pais, avós ao meu lado.
Quero ser egoísta e colocar o mundo à minha volta.
Quero comandar este leme!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Mas graças a Deus não nasci Lampião!

Os benfiquistas são pessoas como nós, mas padecem do benfiquismo. E o benfiquismo é uma doença do foro mental.

E essa é a triste verdade da sua condição! Os benfiquistas, muitas vezes, são as nossas namoradas, ou nosso irmãos, vizinhos, colegas ou amigos.

Não são más pessoas... mas são do Benfica. Levam vidas aparentemente normais até que se tropeça no futebol. Aí deixam de ser quem são e transfiguram-se numa manada ensandecida, acéfala e fanática. E numa espiral apoplética, algures entre a histeria e a epilepsia, acabam manifestando vários sintomas dos piores defeitos que um ser humano pode exibir: arrogância, demagogia, mentira, dogmatismo, jactância, soberba, venalidade, cobardia, puerilidade... enfim!

Deixam de ser os seres humanos que prezamos, admiramos, por vezes amamos, para se tornarem nuns Ogres doentios e desprezáveis.

Sim!  Porque o benfiquista é um alienado mental, uma espécie de drogado incapaz de compreender o mundo em que se movimenta e para quem, as "grandes proezas" do Benfica,  funcionam como as doses regulares duma toxina que o mantém distraído, dopado e débil para os desafios que deveria enfrentar na sua vida e em prol da sua comunidade.  Não tenho dúvidas de que serão o clube português com mais adeptos mas precisamente, veja-se como estão os portugueses! Na mais pura recessão, incapazes de dar uma volta às suas vidas e ao seu país...

Não é por acaso que o Benfica é o clube do regime e até hoje... de qualquer regime!

Lembremos:

"Eusébio é património nacional" António de Oliveira Salazar

"Creio que seria bom para o país que o Benfica fosse campeão" José "tirei o curso ao domingo" Sócrates

A evidência mais expressiva do que se afirma, está neste exemplar facto: Quando o regime entra em crise, entram também em cena as "vitórias" do Benfica, porque é preciso "pão e circo" para embalar o povo. Quando Salazar mergulhou o país numa guerra colonial que fez para distrair os espíritos mais débeis?

Patrocinou e favoreceu até à exaustão uma equipa formada, em boa medida, por jogadores das ditas colónias (alguns raptados, como foi o caso do Eusébio) e tentado representar em campo, simbolicamente, o Portugal do Minho ao Timor que teimava em trazer na cabeça.

Pois é! A guerra colonial destruía vidas e recursos, mas o Benfica ganhou, nos anos 60, a hegemonia do futebol português! Futebol, Fado e Fátima... lembram-se?  Mas não recuemos às eras dos Calabotes!

Tomemos apenas este dado: na última década e meia, o Benfica foi campeão nacional duas vezes:

1) 2004/2005 - coincidindo com a fuga de Durão Barroso para a UE, a nomeação de Santana "nódoa" Lopes para o cargo de primeiro ministro, a destituição deste e a convocação de novas eleições.

2) 2009/2010 - coincidindo com a grave crise económica e social que o país atravessa, com taxas de desemprego recordes e o empobrecimento geral da população...

Para se ter ideia da crise que ainda por aí vem, refira-se que muito "comentador" já anuncia uma mudança de ciclo no futebol português, augurando uma era de vitórias para o Benfica. Pão e Circo? Pobre povo português ...Pão e Circo!

É por isso que, se o benfiquista é muito mais merecedor de pena do que de ódio pelo seu estado de alienação mental... o clube Benfica, que está permanentemente a ser beneficiado em campo, nos túneis, em cedências de terrenos, na moratória das dívidas, etc... etc... etc... já essa instituição apenas pode ser encarada como aquilo que é: um cancro nojento no seio da sociedade portuguesa, um instrumento de alienação, opressão e exploração do nosso povo.

E é por isso, é mesmo por isso, que eu odeio e desprezo o Benfica...



Mas graças a Deus não nasci Lampião!




Fonte: http://www.fcporto24.com/rubricas.php?id=2

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Acorda, levanta-te, vive!

Dormes. Profundo.
Simples, com a expressão de anjo.
Pareces respirar lentamente, relaxada.
Não te quero perturbar. Não te quero acordar.
Pareces um anjo, com os teus próprios sonhos.
Sonhos onde quero estar, onde quero viver, onde quero sentir emoções.
Mas não entro. Não os ouço.
Apetece-me perguntar o que sonhas.
Poderia mesmo perguntar. Não acordas com certeza.
Viras-te calmamente como se estivesses a voar.
Mal mexes a roupa da cama. E continuas no teu voo.
Que sonharás tu? Tão profundo que é.
Acordas. Olhas para o lado como se procurasses alguém.
Como se de o mundo se tratasse.
Fazes o sorriso de bom dia, aquele silêncio de vida!
Esfregas os olhos, esticas-te e dizes que queres ficar mais na cama.
Por mais que resmungues com a almofada, não consegues.
Levantas-te e enfrentas o dia ao meu lado.
Bom dia.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Tempo carnívoro.

Vejo-me sozinho a contar horas, minutos, segundos.
Não me concentro, tudo corre mal e não suporto o calor.
Estou desnorteado e à procura de senso.
Ouço trovões, relâmpagos longínquos amistosos que me alertam para a chuva.
Fico à porta de saída à espera dessa mesma chuva, dessas gotas quase tropicais e frescas que me possam escorrer pela face.
Ai está ela. Começo a caminhar e a refrescar-me.
Estou todo molhado mas apetece-me mais. Sabe melhor que um bom banho.
Por momentos gostava de estar no mar com a chuva a embalar-me nas ondas e onde a temperatura pudesse descer.
Aqui estou eu afinal, debaixo de chuva à espera de melhores dias, à espera do dia!
Volto para casa e enquanto tiro a roupa colada ao corpo penso nos planos todos que estou a idealizar.
Mas dou comigo a pensar que planos são esses? Eu sei que vai ser diferente, é sempre diferente!
Os planos já à muito que não me são amigos. Destrocem-se todos, desfiguram-se e desiludem-me.
Que me adianta tentar? Que me adianta não tentar?
Não tenho respostas e tento planear de forma mais simples, menos detalhada, menos colorida para não me desiludir.
Faltam menos umas horas. Umas horas mais longas que o normal. Ainda estás longe. Ainda não cheguei!
E o tempo consome-me, devora-me, tortura-me.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

DASSSSSSSSSS

Eu tenho uma afinidade incrível para vendedores.
É barclays, é citybank, é Zon, é Meo.
O meu número de telefone deve ter a SIDA de tanto estes burros de merda me incomodarem!
Eu compreendo que é o papel deles, mas quando me ligam 3 por dia, ás vezes da mesma companhia é irritante!

Não tenhas medo. Liberta-te!

Desfaço-me em devaneios de loucura.
À procura de tudo o que me equilibre e me faca sentir bem.
Ouço-te, compreendo-te, mas não te sei falar.
Perdi o direito de falar sobre o que não sei mais o que responder.
Sinto-me de mão atadas perante as tuas preocupações.
Já não o que dizer, o que demonstrar e o que referir.
Esses teus problemas que já foram meus, que me destruíram e do qual recuperei.
Eu sei o que é, sei o sentes, sei o que falas, mas não te sei dizer mais do que "percebo-te"!
Abro a minha "play list" e tento encontrar aquela música. A música do momento.
O momento da loucura mediática que precisa de ser controlada e ignorada.

Mas que música será essa? Concebo a minha busca em ti.
Apetece-me ser eu a escrever essa letra, cria-la para ti.

Fazer-te sentir que me preocupo contigo, que estou contigo.
Mas não sai nada.
Apetece-me dizer que continuo aqui, sozinho, de braços abertos, apaixonado...
Apetece-me dizer que estou calado num silêncio deprimente porque não sei o que fazer.
Sonho por momentos de conversas que tinha-mos sem falar de trabalho e das suas desilusões.
Mas essas conversas acabaram momentaneamente, estão pausadas.
A razão não é uma, são várias. Culpa minha principalmente.
Vejo as coisas no depois do que passas por ter passado algo semelhante.
Desdramatizo simplesmente porque sei que depois de tudo isso te vais sentir viva e confiante por teres ultrapassado tudo isso sozinha.
Mas custa-me o desespero desse momento.
Que falta faz um sorriso puro teu, aqueles momentos de devaneios de loucura que eram tão teus.
Aqueles momentos tão nossos.
Eu, tu, um vinho tinto e um final de tarde na praia. Nós e uma música rebelde.
Porque serei eu tão simplista e egocêntrico que não me leva a ajudar-te?
Não te quero distante de mim. Não sei que te fazer! Ajuda-me a ajudar-te!

domingo, 27 de junho de 2010

Um mar conversador

Mergulhei profundamente nos silêncios do mar.
Num barulho ensurdecedor das pequenas ondas a desfazerem-se nos montes de algas.
Por um breve período a solidão ausentou-se e preencheu-se por aquele silêncio.
Momentos em que os problemas não desaparecem, não fogem nem se transformam.
Apenas se esquecem...
Aquele preenchimento de paz vindo do barulho do mar fez-me abstrair de tudo!
Só me apetecia continuar assim eternamente, numa paz tão natural.

Por mergulhos naquela melodia encontrei milhares de projectos perdidos com o tempo.
Aqueles projectos que sempre os sonhamos mas deixamos de os colocar no planeamento de vida.
Senti falta das aventuras com adrenalina ao máximo, das aventuras que tanto a minha mãe me proibia e que eu sempre os desejei fazer. Não que fossem enormes projectos, mas existiam.
Procurei explicação para nunca os tomar de frente. E essa explicação não apareceu.
Apenas tudo virou ao contrário. A vida virou-se e eu segui simplesmente o que era mais fácil, pensando que a felicidade também se encontrava por tais endereços.
Mas por mais que mude a estratégia de sobrevivência esses sonhos, projectos, ideias ou segredos têm de ser feitos.
Essa foi a resposta de um navegar sobre caminhos do mar.

Nós somos Portugueses, um povo com tradição do mar.
Seriam os marinheiros aventureiros ou apenas se sentiriam melhor quando dentro de um oceano imenso se sentiam isolados das sociedades medíocres?
Esquecemos tais ideais, perdemos a força de vontade de mostrar ao mundo quem somos.
Mas porque razão?
O mar deixou de dar respostas? Ou amedrontaram-se com respostas duras e cruéis?
O mar. Esse mar que nos levou a tanto.
Serei eu mais Português por amar o mar?
Talvez, mas aos poucos aprendi a amar o meu País, aquilo que sempre tanto critiquei e critico.
Faz falta um guerreiro do mar para levantar a nossa terra do charco, para nos inspirar a todos a concretizar tais sonhos que todos nós fomos esquecendo que existiam.

O mar fez-me bem, faz-me vivo. É lá que quero estar.