Frio. Arrepia-me, gela-me dos ossos até a epiderme! Quebro-me.
Fico bloqueado, sem senso. Não penso e esvazio-me. Os nervos não comunicam.
A atmosfera pesa-me no de forma dolorosa. A pressão existente no imaginário vazio.
Trabalho, durmo, mas não penso.
Escurece mal o nasce o sol. Fico tudo branco, tudo é gelo. Tudo silencioso.
Não apetece sair do meu mundo. Mas saio. Já está. Já estou.
Tudo se aglomerou.
Levam-me a fazer o que não espero. Faço. Fiz.
Fazem-me focar o que não vejo. Foco. Foquei.
Penso... Já nem sequer penso. Já não sei pensar. Já não sei o que é isso.
Sou apenas um bloco de gelo nórdico.
Pareço um robô da idade do gelo,
programado para fazer o que já não sei o que é.
Que faço eu? Que decisões tomar? Que lutar?
Estou gelado. Quebro-me.
Sou um cubo de gelo, num mundo gelado.
Sou eu, apenas e simplesmente na idade do gelo.
O meu dia-a-dia que não escolhi.
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