quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Cruzamentos...

Vejo o sinal vermelho. Paro!
Fico à espera de uma luz que leva a continuar.
A rua está deserta, ninguém caminha. Não há carros.
Está frio. Tenho as pernas gélidas...Não as sinto.
O silêncio torna-se mortal. Nada. Vazio.
Apreço um abutre à espera do resto que nos possa calhar.
A breve brisa que corre corta-me a pele.
Sinto-me gélido.
Já não sei que pensar. E está frio.
Parece nunca mais acabar! Porque me meti eu nisto?
E o tempo não passa.
O vazio continua.
O silêncio enlouquece-me mais uma vez.
Maldito telemóvel nem toca.
Espero por algo de bom. Uma mensagem boa.
De alguém que eu espero tudo, mas não parece ceder.
Mas este frio. Corta!!!
E o tempo não passa. E o frio piora.
Agora nem os pés, nem as mão. As orelhas já as perdi.
Estou a ficar em pedaços difícil de voltar a colar. Talvez deva usar...
Não sei que solução dar. E cada vez estou mais gelado.
Sinto-me tão sozinho que o o valor da companhia enfraquece-me.
Sou visto de branco, como se não fosse jamais de preto.
Sinto-me perdido. O frio piora.
O telemóvel não toca. Ainda não há notícias.
A luz verde vem. Arranco.

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