segunda-feira, 12 de julho de 2010

Tempo carnívoro.

Vejo-me sozinho a contar horas, minutos, segundos.
Não me concentro, tudo corre mal e não suporto o calor.
Estou desnorteado e à procura de senso.
Ouço trovões, relâmpagos longínquos amistosos que me alertam para a chuva.
Fico à porta de saída à espera dessa mesma chuva, dessas gotas quase tropicais e frescas que me possam escorrer pela face.
Ai está ela. Começo a caminhar e a refrescar-me.
Estou todo molhado mas apetece-me mais. Sabe melhor que um bom banho.
Por momentos gostava de estar no mar com a chuva a embalar-me nas ondas e onde a temperatura pudesse descer.
Aqui estou eu afinal, debaixo de chuva à espera de melhores dias, à espera do dia!
Volto para casa e enquanto tiro a roupa colada ao corpo penso nos planos todos que estou a idealizar.
Mas dou comigo a pensar que planos são esses? Eu sei que vai ser diferente, é sempre diferente!
Os planos já à muito que não me são amigos. Destrocem-se todos, desfiguram-se e desiludem-me.
Que me adianta tentar? Que me adianta não tentar?
Não tenho respostas e tento planear de forma mais simples, menos detalhada, menos colorida para não me desiludir.
Faltam menos umas horas. Umas horas mais longas que o normal. Ainda estás longe. Ainda não cheguei!
E o tempo consome-me, devora-me, tortura-me.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

DASSSSSSSSSS

Eu tenho uma afinidade incrível para vendedores.
É barclays, é citybank, é Zon, é Meo.
O meu número de telefone deve ter a SIDA de tanto estes burros de merda me incomodarem!
Eu compreendo que é o papel deles, mas quando me ligam 3 por dia, ás vezes da mesma companhia é irritante!

Não tenhas medo. Liberta-te!

Desfaço-me em devaneios de loucura.
À procura de tudo o que me equilibre e me faca sentir bem.
Ouço-te, compreendo-te, mas não te sei falar.
Perdi o direito de falar sobre o que não sei mais o que responder.
Sinto-me de mão atadas perante as tuas preocupações.
Já não o que dizer, o que demonstrar e o que referir.
Esses teus problemas que já foram meus, que me destruíram e do qual recuperei.
Eu sei o que é, sei o sentes, sei o que falas, mas não te sei dizer mais do que "percebo-te"!
Abro a minha "play list" e tento encontrar aquela música. A música do momento.
O momento da loucura mediática que precisa de ser controlada e ignorada.

Mas que música será essa? Concebo a minha busca em ti.
Apetece-me ser eu a escrever essa letra, cria-la para ti.

Fazer-te sentir que me preocupo contigo, que estou contigo.
Mas não sai nada.
Apetece-me dizer que continuo aqui, sozinho, de braços abertos, apaixonado...
Apetece-me dizer que estou calado num silêncio deprimente porque não sei o que fazer.
Sonho por momentos de conversas que tinha-mos sem falar de trabalho e das suas desilusões.
Mas essas conversas acabaram momentaneamente, estão pausadas.
A razão não é uma, são várias. Culpa minha principalmente.
Vejo as coisas no depois do que passas por ter passado algo semelhante.
Desdramatizo simplesmente porque sei que depois de tudo isso te vais sentir viva e confiante por teres ultrapassado tudo isso sozinha.
Mas custa-me o desespero desse momento.
Que falta faz um sorriso puro teu, aqueles momentos de devaneios de loucura que eram tão teus.
Aqueles momentos tão nossos.
Eu, tu, um vinho tinto e um final de tarde na praia. Nós e uma música rebelde.
Porque serei eu tão simplista e egocêntrico que não me leva a ajudar-te?
Não te quero distante de mim. Não sei que te fazer! Ajuda-me a ajudar-te!