sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Por 1/4 de fogo!

Encurralado. O mundo fecha-se. Ou simplesmente já estava fechado antes.
Revolto-me, faço virar tudo ao contrário, destruo tudo que tenho, transformo tudo num monte de cacos.
Procuro uma explicação para o nada. Nem sequer uma pergunta concreta faço.
Crio explosões alucinatórias, numa espécie de irrealidade insatisfatória.
Interrompo o sonho que me faz como homem viver, e transformo o homem em mim em realidade do meu próprio idealismo.
Por cada bafo sangrento meu se levantam mil questões socialmente inexplicáveis. Por alguma razão pouco óbvia as continuo a levantar. Não as compreendo, nem elas me compreendem a mim.
A relação entre o sonho, o querer e a realidade acabou à muito. Não me encontro jamais entre tão perdidas formas irreconhecíveis de vida.
Insignificancia ofereço eu para louvar o que outrora me foram idolos.
Sento-me, olho em volta. Vejo a merda em que tudo se tornou. Um furacão de raiva.
Recomeçar está fora de questão. Já foi o tempo para isso. Não tenho retorno, não tenho opções!
Tudo vai ficar o mesmo se nada fizer. Não existe uma janela de felicidade.
Espalho gasolina, queimo tudo. Tudo mesmo, sem rastos. Deixo-me arder com tudo.
Afinal o mundo é demasiado pequeno para mim.

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