terça-feira, 22 de setembro de 2015

Inside My Head





What do you want from me now you got me
Now my fingers bleed now they stare at me
I'm a coward now
I hold my peace

Now you tie me up to your feather bed
And I twist and turn in a Chinese burn
You won't let go
You won't let go

You're inside my head
Inside my head

What do you want from me now you got me
Now my energy you suck from me
And I'm holding on for dear life
Quit smothering me
Quit laughing at me
I've got a disease, an english disease
It will not go
It will not go

You're inside my head
Inside my head

Whatever you put in that syringe
Whatever you really said to him
He's sitting there inside of me
And you bother me, you possess me
You're there again, ahead of me
I won't let go
I won't let go

You're inside my head
Inside my head
Inside my head
Inside my head

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Now the air I tasted and breathed has taken a turn...



"I know someday you'll have a beautiful life, I know you'll be a star in somebody else's sky, But why, why, why can't it be, can't it be mine?

PJ

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Esta companhia que partilhamos é eterna.



Está deitada ao meu lado, a ressonar. Acredito que o som dos meus dedos no teclado do computador também a tranquiliza: o ritmo certo/incerto destas palavras: letras-letras-letras espaço letras-letras-letras espaço. Se assim for, se a minha escrita contribuir para a paz do seu sono, está apenas a devolver-lhe aquilo que também recebe deste corpo encostado a mim, a respirar profundamente, como se essa fosse a sua resposta ao tempo.

Quando lhe pouso a mão em cima, deixa-me fazer tudo. Não se incomoda. Essa é a forma que tem de mostrar a sua confiança ilimitada. Não acorda, como se escolhesse não acordar. Oferece o corpo às minhas festas e, se a aperto com um pouco de mais força, deixa escapar um som de prazer preguiçoso, arrastado, nasce-lhe na garganta.

Noutras horas, quando sente um barulho mínimo nas escadas, começa por rosnar e, se o barulho continua, quer ladrar contra a porta fechada. É preciso chamá-la e convencê-la a pensar noutro assunto. Agora, esses episódios parecem histórias inventadas. Neste momento, abrir os olhos e voltar a fechá-los logo a seguir é o máximo de incómodo que aceita. Está tão calma, tem tanto vagar. Às vezes, debaixo das minhas festas, espreguiça-se longamente. Depois, perde a força nos músculos e afunda-se ainda mais no sono.

Eu já estava aqui sentado, a escrever, quando ela chegou muito direita. Caminhou na minha direção sem hesitar, com as patinhas a riscarem um som leve. Numa agilidade súbita, deu um pequeno salto e ficou ao meu lado. Então, encostou-se à minha perna, formámos uma pequena união de calor, e adormeceu.

Foi também assim que chegou à minha vida. Eu não esperava nada, não procurava nada, ela chegou e, sem forçar, conquistou-me inteiro com a sua presença. Quando lhe faço festas na cabeça, os seus olhos descobrem-se entre o pêlo. Há uma certa tristeza nesse olhar antigo, como se carregasse restos de uma mágoa. Compreendo-a e, às vezes, chego a acreditar que também ela me compreende a mim, também ela é capaz de distinguir essa mesma idade no meu olhar, esse silêncio. Encontrámo-nos aqui, mas viemos de lugares distantes.

Durante o dia, passeia sossegada pela casa. Só ela sabe onde vai. Com frequência, escolhe um quadrado de sol no chão e deixa cair as orelhas. Nessas ocasiões, está preparada para qualquer surpresa.

De todas as palavras que existem no mundo, há duas que a enchem de eletricidade: "rua" e "bola". Rejuvenesce com cada uma delas, enlouquece. Na rua, muito interessada, como se estivesse a tomar conhecimento das últimas notícias, vai sempre cheirar os mesmo cantos. Fingindo não fazer caso, partilhamos o pudor do momento em que baixa as duas patinhas de trás e, depois, se afasta de uma pequena poça de chichi. Com a bola, dá saltos no ar, apoia-se em duas patas, chega a ficar assim alguns segundos, como no circo, e parece cega quando corre para apanhá-la. Vai buscá-la onde for preciso.

Quando eu andava na escola primária, numa visita de estudo ao Jardim Zoológico de Lisboa, admirei-me com o cemitério dos animais de estimação. Estava habituado a cães que mal tinham nome, que eram levados numa saca e enterrados no campo. Durante anos, habituávamo-nos a ver um cão quando passávamos numa certa rua, depois, um dia, deixávamos de vê-lo. Era assim.

Hoje, com esta cadelinha, sinto-me como aquele velho mal-humorado, a queixar-se de tudo, a culpar sempre os outros, mas que se derrete com os netos, lhes permite tudo, e quase parece outra pessoa. Talvez por isso, sou agora capaz de compreender que, quando morre um cão, há uma tristeza específica. É fina e espeta-se no pensamento. Aleija só de imaginar. Deriva da pena de não termos sido capazes de estar à altura da pureza, da generosidade absoluta.

Aqui, o tempo desta sala continua à mesma cadência, letras-letras-letras espaço letras-letras-letras espaço. Às vezes, ela estremece de repente. O arco da respiração perturba-se. Está talvez a sonhar. Aperto-a de encontro a mim. Nada te pode fazer mal, pequenina. Eu protejo-te com a mesma dedicação com que me proteges. Esta companhia que partilhamos é eterna.



http://visao.sapo.pt/puka=f713899#ixzz3lMjXCtRQ

JOSÉ LUÍS PEIXOTO

Faço minhas tuas palavras, caro José.

I Buried my Heart in a Hole in the Ground....

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

May I never be perfect...



A necessidade de revolta. Guerra interior. Saltar fora. Gritar. Ser diferente. Começar de novo. Ser novo. Inovador. Hipster. Recomeçar. Continuar. 
Viver. 

Um segundo de cada vez. Que seja o segundo que quero. Que recomece o fim. Começar onde tudo começou antes. Sentir. Ouvir. Ver.
Viver.


This is your life, and it´s ending one minute at a time...
Fight Club, best movie ever :)

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Um crónico vazio.

Como drogado. Constantemente. Tal como um toxicómano.
Necessidade de voltar a ter aquela primeira vez, aquela primeira viagem fora do corpo.
Um assassino em série que nunca consegue sentir o mesmo prazer da primeira vez.
Sofremos em busca da felicidade constantemente, por mais que ela exista, esteja presente, mas não a vejamos. Levamos tudo isso ao limite.
A necessidade de voltar a sentir aquilo mesmo, e tudo o resto vivido é e será sempre vazio. Há sempre algo que falta. Algo abandonado. Algo por preencher.
O ser humano, o tal que leva a vida a pensar em ser feliz, mesmo que não se aperceba o quanto já é!
Há dentro de nós algo, pesado e estranho, que nunca nos deixa livres o suficiente para desfrutar o que de bom temos. Que nos leva constantemente a procurar mais e melhor, embora sempre sem sucesso.
Um dia fomos felizes. Eu fui. Não me lembro. Provavelmente a primeira vez que vi a minha mãe e a liguei à voz dos primeiros dias de vida. Ou o meu primeiro gelado, a primeira vez que vi alguém a celebrar um golo a frente da televisão sem saber o que era. Algo desse género levou-me a fazer o meu percurso até hoje. Ainda hoje procuro essa felicidade. E esqueci-me de viver a que tinha e vou tendo.
Sou um drogado, um assassino. Sou um descobridor. Busco esse exacto momento.
Longa será a caminhada. Até lá será sempre vazio. O vazio.

JJ

And the things that keep us apart keep me alive

domingo, 2 de agosto de 2015

Explicação da Eternidade

Explicação da Eternidade

Devagar, o tempo transforma tudo em tempo. 
o ódio transforma-se em tempo, o amor 
transforma-se em tempo, a dor transforma-se 
em tempo. 


os assuntos que julgámos mais profundos, 
mais impossíveis, mais permanentes e imutáveis, 
transformam-se devagar em tempo. 

por si só, o tempo não é nada. 
a idade de nada é nada. 
a eternidade não existe. 
no entanto, a eternidade existe. 

os instantes dos teus olhos parados sobre mim eram eternos. 
os instantes do teu sorriso eram eternos. 
os instantes do teu corpo de luz eram eternos. 

foste eterna até ao fim. 

José Luís Peixoto, in "A Casa, A Escuridão" 
Devagar, o tempo transforma tudo em tempo. 
o ódio transforma-se em tempo, o amor 
transforma-se em tempo
, a dor transforma-se 
em tempo. 

Não acredito que o amor se transforme...

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Conflito de carácter...

Lonely Man of Faith, de Soloveitchik, explica a existência de dois tipos de carácter no Génesis humano, ao qual ele chama Adam I e Adam II.
Modernizando as categorias de Soloveitchik, Adam I refere-se a perfil orientado para a carreira e ambição pessoal. É algo externo e extremamente guiado, em muitas vezes, pela vertente social. Adam I quer construir, criar, desenvolver e descobrir coisas.  Adam II é o lado interno, a qualidade moral de cada um. Tem um sólido senso de correcto e errado, de se sacrificar para com os outros, em obediência com a verdade, honra e responsabilidade.
Há perante a sociedade uma necessidade de equilíbrio entre os dois. Numa fase inicial da nossa vida, para além dos valores morais e ideologias que nos são ensinadas, temos por obrigação o desenvolvimento pessoal, o crescimento para com a sociedade, sobre a pressão de sermos melhores e mais capazes à sobrevivência ao qual vamos ser expostos quando sozinhos. Tal como os pássaros, ao serem enviados para fora do ninho, já devem saber o básico sobre voar. Naturalmente as coisas acabam por se guiar juntamente.
Existe na nossa sociedade em geral uma enorme pressão para que o desenvolvimento de carreira seja enorme, que haja uma certa ganancia para que se possa "viver bem".
Essa fase é a da escola, universidade e por aí fora. Cada um vai ter a motivação para cada etapa consoante o que lhes foi incutido por quem os rodeia. Há quem continue a vida toda com o Adam I a ter a grande predominância no carácter pessoal.
O Adam II, com o tempo, passa a ser mais predominante. As relações, a família, filhos, futuro como animal racional, que com o tempo nos levam a desejar isso tudo.
Mas existem tempos de conflitos. Conflitos entre os caracteres, ao qual um que era predominante se deixa espairecer. O que normalmente acontece é o conforto familiar levar a que o Adam II se torne dominante, deixando de lado as perspectivas de carreira e os grandes objectivos.
Estes conflitos levam a crises pessoais, às indecisões ou decisões que parecem erradas.
Há sempre aspectos que não parecem preencher as necessidades. Se por um lado se quer acabar com os planos e sonhos começados à imenso tempo atrás, por outro se quer finalmente obter o equilíbrio emocional tão natural em nós.
Esta crise está a apoderar-se de mim, dia-após-dia, mesmo que sinta que falte tão pouco para o equilíbrio.

Enquanto leio "The Road to Character", de David Brooks, este grande senhor do New York Times, mais confuso fico, mais lúcido fico. Confuso? Pois, eu também.


quarta-feira, 15 de abril de 2015

Estudos unidos por uma vida ingrata..

A vida na ciência é macabra. Muito.
Primeiro nunca há certezas. Tudo que passe por planear um futuro, torna-se um tormento.
Hoje pensamos numa coisa e amanhã estamos a viver outra.
Nos últimos anos só pensava em estabilizar de uma vez por todas. Sentia-me cansado por não saber o que esperar do amanhã. Mas depois de tentar as coisas não correram bem. E por isso aqui ando eu pelos estados unidos.
Depois de 11 anos académicos pensava que estava na situação estável. Comprar casa, pensar em família, essas coisas de adultos que apenas adultos pensam e têm. Eu pelos vistos ainda não sou um.
Por um lado esta mudança radical é, na perspectiva de carreira, brutal. Por outro abre-me ao meio pela sofrimento e, novamente, pela solidão.
Há pesos e formas de lidar com essas contradições. Umas vezes aguenta-se, outras vezes explode-se.
Não há um livro a explicar o futuro da vida cientifica, nem sequer uma bola mágica. Ninguém me explica, apesar de haver imensa gente a pensar o mesmo... a viver o mesmo.
Há sempre decisões a fazer, e todas elas trazem a sua ingratidão. No final optamos sempre por aquela que achamos que nos vai abrir um futuro melhor, um futuro mais estável. Aquela estabilidade que tanto procuramos.
Enquanto vemos os nossos amigos de infância a viver já essa estabilidade, nós ainda a procuramos! E muitos, infelizmente, de bolsas em bolsas sem perspectivas algumas.
Desta vez tive de optar por algo que me custa, mas acima de tudo magoa alguém mais. Porque essa estabilidade tem um preço. Mas que passe rápido, que cesse essa procura louca e que no fim sorria.
No final estamos neste mundo por curiosidade à ciência.


segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Adeus Lund. Obrigado.

Já lá vai um tempo! Mais propriamente 13 meses desde que prometi ao Joel, o grande artista e criador da capa da minha tese que foi gabada e invejada por terras nórdicas, um texto que relatasse Lund (não muito pelas palavras, mas por fotografias).
PhD thesis
PhD Thesis: Cover By Joel
Desde já um grande pedido de desculpas por tal atraso. Além do excesso de trabalho e falta de tempo/paciência e capacidade mental para tal, tive outros motivos. Muito provavelmente maior de todos: Não queria entrar no erro de comparar Lund a Copenhaga! Era injusto em todos os aspectos. Primeiro porque me encontrava na fase de desprezo e cansaço sobre Lund, após estes longos e por vezes penosos 5 anos de intenso trabalho e estudo. Depois porque me encontrava a viver finalmente numa das cidades mais bonitas que tive oportunidade de conhecer, em que qualquer canto algo me faz sorrir e algo novo e único e acontece. 
E claro, havia que passar as três fases da nova aventura pela capital dinamarquesa para evitar a má reflexão sobre Lund: 1-A excitação sobre a nova grande cidade; 2- O desprezo e revolta porque a cidade não é assim tão melhor, e que afinal os amigos deixados para trás é que faziam a  diferença; 3- O equilíbrio de quem já realmente está ambientado a uma nova aventura.
Mas sobre Copenhaga lá voltarei, no futuro, e espero que não seja tão demorado como este texto.

Parque onde corria, quase
todas as manhas, com a Zola.
Janian, Rafael, Natal e Salomé.
Lund! Oh Lund! Que saudades já sinto daquele sentimento claustrofóbico de quem não sabe o que o futuro lhe reserva. 
Zé, Nuxa e Salomé
Lund é uma cidade universitária por natureza. Uma universidade fundada em 1666, das mais velhas da Europa e mundo, das mais ligadas à investigação cientifica, e uma das universidades que mais gera formação de empresas e novos projectos.
Em 2009, quando parti para a Suécia, pouco sabia aquilo que me ia acontecer. Foi das aventuras que por mais que programadas, resultam sempre ao contrário. Iria custar como qualquer outra, mas seria sempre uma grande surpresa. 
Mariano e Ângela.
Quando cheguei, e iludido que Lund seria uma curta passagem de apenas um ano, máximo dois, a excitação era imensa. Primeiro por ter sido recebido por um conjunto maravilhoso de pessoas, alguns dos quais portugueses, dos quais se tornaram dos meus melhores amigos, embora hoje em dia seja obrigado, infelizmente, a conviver com a distância. 
Sandra, Jorge, Severine.
Lund não era só trabalho, mas também não era a boa vida constante que muitos possam imaginar. Havia imenso convívio, principalmente entre os internacionais, e contanto que em 40,000 estudantes, cerca de 10,000 são internacionais, leva a um grande ambiente académico e uma socialização fora do normal. Talvez seja daquelas coisas que serão difíceis de descrever em palavras, mas quando nos encontramos a 3000 km de casa, longe dos amigos de longa data e família, a tendência é socializar o mais possível, procurando preencher os buracos que a solidão e distancia tendem a forma.
Em Lund há um sentimento de união, que gere de certa forma um sentimento de família. De certa forma, todos nós estamos na mesma situação, todos nós procuramos o mesmo: Diversão, bons momentos e apoio nos momentos necessários. 
Há muito a viver para poder descrever, mas a verdadeira intensidade da universidade de Lund, e de qualquer universidade nórdica, é tudo menos a competição, a crítica e a necessidade de desvalorização do próximo como acontece em Portugal (e logo eu que conheço tanto atraso de vida...). 
Lund, ou qualquer cidade na Skåne, sul da Suécia, é uma cidade pacata! Tirando as noites de fim de semana, ou as festas universitárias em que o povo sai a rua, tudo é muito sereno, limpo e calmo. Não é um paraíso, também tem as suas lacunas, mas de certa forma a mais proveitosa das lições que tirei durante estes anos, foi a nível social.
JD, Bruno, Tobi, Jaha, Janina
A crítica ignorante, sem qualquer fundamento de base, as constantes lavagens cerebrais políticas através de jornalismos manhosos, os corruptos e miseráveis mensageiros dos bancos e afins ficaram, finalmente em Portugal, e a vantagem de ver as coisas de fora, bem de longe, leva a uma maior lucidez de ideias. Isto juntamente com a forma mais nórdica de pensar (acreditar mais no próximo, não criticar sem razão e principalmente não invejar ninguém) levam a uma total renovação de visões e conceitos sobre uma sociedade liberal, justa e responsável.
Do que mais consigo comparar com Portugal e Suécia é a sua comparação sobre direitos e deveres. Os países nórdicos incutiram na sua educação durante anos que deveres sociais estão sempre primeiro, e os seus direitos virão por acréscimo. Em Portugal é bem oposto: os direitos são nossos e, se me fizerem tudo que quero, mesmo que não saiba bem o que quero mas o meu sindicato diz que sim, talvez possa ajudar e fazer alguns dos meus deveres... mas não todos porque à noite joga o benfica.
Pode parecer estranho, mas o facto deste tipo de mentalidade me fazer sentir melhor, fez com que não quisesse e continue a não querer voltar ao meu próprio país. É triste, mas é a principal razão.
Max, Joana e a Special one.

Lund é uma cidade pequena, e isto torna-a claustrofóbica. Passado dois meses de lá estar, ficou mais ou menos delineado que iria lá ficar todo o meu doutoramento. Havia a sensação que a nível de carreira não podia ser melhor! Não voltaria a Portugal para trabalhar com pessoas que não gostava e muito mais que isso, estaria num centro de investigação muito melhor com mais chances de publicações e saídas futuras. Mas o que mais custava era deixar quem nós tanto queremos ao nosso lado todos os dias, e que tornou principalmente o primeiro ano tão penoso: Amigos e a special one. O aperto no peito passou de momentâneo a constante e as saudades apertavam a cada segundo de distancia. Nesses momentos a vontade de largar tudo era constante. Era seguro pelos meus pensamentos de teimosia em não desistir de nada. E fui ficando, fui tendo o apoio, carinho e amizade de todos os que me rodeavam, e as coisas foram acalmando. No final tudo correu pelo melhor, e hoje sei que fiz todas as decisões certas possíveis.
Eu, Tiago, Sara, Ana e Zola @ Ystad - Sweden.

Bjarred, Sauna center. Miguel eSara.
Lund acabou por se tornar uma casa que, com o tempo, leva a uma certa impaciência por mudança. Perceberam? Digamos que pouco mais de um ano após a chegada, já conhecia a cidade demasiado bem, já conhecia o sul sueco até certa forma e tudo se tornava um grande aborrecimento. Depois, por ser uma cidade universitária, entra-se numa onda onde toda a pessoa nova que se conhece irá partir entretanto, e sendo eu um dos que iria acabar por ficar, já não tinha paciência para conhecer mais pessoas por curtos meses, por mais interessantes que essas pessoas pudessem ser. 
Esta fatiga foi a principal razão pelo qual este texto levou tanto a ser escrito. Não queria falar sobre uma cidade, região e país que tanto me deu e do qual eu tanto tenho saudade, numa altura em que esta fadiga ainda se apoderava de mim.
No final desta minha aventura só tenho um sentimento de saudade. Lund apoderou-se de mim. Não seria a mesma coisa voltar porque toda esta aventura foi fantástica porque existiram pessoas fantásticas à minha volta. Desde o primeiro dia, da primeira pessoa que vi até ao dia da minha despedida, do meu Doutoramento. Lund foi a experiência da minha vida, foi a grande montanha que escalei a nível profissional e principalmente pessoal. Hoje sinto-me diferente, melhor pessoa e mais capaz de sobreviver a tudo. 
Só gostaria de, hoje em dia, ainda poder estar com todas estas pessoas fantásticas que partilharam estes meus últimos 5 anos.


Obrigado Lund.

Landskrona park.

Small city in Landskrona

Small city in Landskrona

Landskrona

Nimis, Wood city

Chemical Center, Snow day.

Lund

Lund Hostel

Lund

Special one in Lund. 
Catedral de Lund

Jardim Botânico de Lund

Malmö

Lomma, Skåne

Lund