sexta-feira, 2 de novembro de 2012

A padecer de Zolismo.

Padeço de algo. Um fenómeno que corrói todos os minutos. 
Nunca ter tido um cão é compreensível. Nunca tive realmente um cão e sempre o desejei.
Mais que isso, sempre os vi como animais. Apenas isso, que não poderia ser mais que um animal.

Após ter a Zola, tudo mudou! Virou-me todos os sentimentos ao contrário, e deixa-me com uma sensação que tenho tudo de parecido com a minha avó! 
Sempre a vi repudiar os cães, como se algo de mau se tratasse. Nunca o pensei assim tão negativamente. Até que ela me explicou a razão. A sua frieza tratava-se de um refúgio. Durante a sua juventude tinha de tratar dos cães de caça do próprio pai! Amava-os em demasia e depois via-se ficar sem eles. Sofria tanto como se de uma pessoa se tratasse. 

E eis que chego a essa conclusão. Custa-me passar horas sem poder estar com a Zola! Penso constantemente que estará a podre coitada a fazer sozinha para além de dormir e cheirar os cantos da casa a contar os minutos para chegarmos. 

Aperta-me o peito, faz-me sentir que o tempo não passa e que só quero acabar com tudo depressa para a poder abraçar.

Há quem veja isso como um defeito. Mas eu vejo-o como um fenómeno que só quem tiver animais o entende.
A Zola é a cadela mais louca, brincalhona e simpática que alguma vez tive contacto. É uma grande companheira, e faz-me sentir super cansado depois das caminhadas matinais, mas extremamente feliz quando a vejo a abanar a cauda por me ver.
Não me imagino sem ela. Mas se algum dia tiver de acontecer, vai doer muito.

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