quarta-feira, 11 de julho de 2012

Pearl Jam, finalmente.

Há coisas a realizar antes dos 30! Sim, essa épica e mítica etapa da vida, que nos marca constantemente o batimento cardíaco. Há quem queira fazer desportos radicais, comprar uma mota nova, ou subir ao Evereste. 
Além das milhares de pequenas aventuras com índices de adrenalina fora do normal que ainda desejo realizar, há e haverá sempre grandes concertos que os quero viver antes dos 30. Simplesmente porque eu ainda ontem vi pessoas nas casas dos 40/50 anos a ver Pearl Jam, o que é de valor ainda se terem dado aos novos estilos musicais, mas porque muita gente estava a olhar para eles e a considera-los velhos! 
Provavelmente eles olharam para outros e disseram que os Pearl Jam começaram a tocar ainda eles não eram nascidos. Tirando esse factor de gerações e gostos musicais, ontem assisti a um dos melhores concertos que podia esperar. Uma sensação magnifica, única e difícil de explicar.
Infelizmente não vou a Radiohead, a minha banda favorita sem dúvida, e que infelizmente, mais uma vez, vou faltar. Mas fui a Pearl Jam, o que já é bastante bom. Não é a favorita, mas anda no top10 dos meus gostos músicais. Top 10, porque não sei mesmo qual é a segunda ou terceira, ou oitava banda favorita. Podia nomear imensas, mas não vou perder tempo nisso.
Foi um concerto brilhante. Começou com um espaço fechado, o que levou ao calor elevado (ironicamente também acontece em países nórdicos, esta coisa que chamam calor). A banda X abriu o espectáculo, nada de outro mundo, mas bastante audível. Até que Eddie e companhia se juntaram a eles e todos em palco tocaram  mais que uma música, momento épico para a pequena banda californiana.
Passado algum tempo, regressaram ao palco, com a vontade única de tocar aquilo que, para muitas gerações, tocou nos nossos walkmans, cd 's e mp3. Foi um reviver de vários bons momentos com o som tão típico e característico e único. Ficam sempre momentos do concerto. Alguns dos quais me afastaram de Pearl Jam durante alguns anos, e outros que me uniam à mentalidade de Eddie e companhia. O facto de insistir em falar das grandes bandas de Seattle, de nomear Alice in Chains, Soundgarden, etc, evitando falar de nirvana e colocando-os como uma não banda, sempre me deixaram um pouco com o pé atrás (também não gostava do Kurt quando falava mal deles). Houve ainda momentos em que ele congratulou a Dinamarca por ser o país do mundo que mais produz energia eólica, e criticou os USA pela produção de materiais de guerra e a própria guerra contra o Afeganistão. Ainda houve tempo para um simples adeus a um músico que tinha falecido no dia anterior (The Frogs), amigo dos membros da banda.
Acabou, duas horas e 40 minutos depois com uma grande cover, Baba O'Riley dos The Who. Um espectáculo único, puro e completamente fascinante.
O negativo, para além da temperatura, foi mesmo a cambada de cromos que insistem em fazer vídeos do concerto, sempre com o telemóvel no ar como se estivessem a fazer algo mais do que lixo na base de dados do youtube. Infelizmente há quem pague o bilhete para ver os vídeos depois, porque no concerto em si não prestaram atenção. Já agora, a moda do Facebook é doentia, até durante os concertos há pessoal a "postar" a setlist da banda. Há gente mesmo sem nexo nem sentido da realidade.
Por tudo, obrigado Pearl Jam, acabei de riscar mais um grande concerto da minha lista de bandas que me andam a fugir. Espero poder ver-vos mais vezes.

Aqui fica um pouco para ouvirem..


Note: Habit was played for the first time in Europe since the tragic Roskilde show in 2000. Cropduster had never been played in Europe before. Love Boat Captain was played for the first time in Europe since 2007, at the same venue. No Backspacer-songs were played during the main set, only for the first time since the album was released. Smile was played for two nights in a row, for the first time since November 1996.





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