sexta-feira, 11 de março de 2011

Voar pelo mundo perdido!

Sinto-me a voar! Não sei bem onde.
A lua já está exposta e ainda o dia não se pôs.
Parece que vou em direcção dela,
empurrado por murmúrios de desespero.
Sinto um turbilhão de questões dentro de mim,
Como se um furacão me estivesse a atravessar por inteiro.
Caiem lamentos em forma de ventos.
Fortes, fracos e às vezes nem presumíveis.
Como pequenos estilhaços de vidro após mais um copo vazio partido.
Ás vezes nem eles se atrevem a reclamar direitos.
Sinto-me a voar com expressões de cansaço.
Expressões que representam as minhas lutas,
todas elas sem final à vista.
Olho para trás e vejo as marcas de sangue,
espalhadas pelo soalho vazio e só.
Afinal já não estou a voar no ar, mas sim em mais turbilhões de ideias,
misturadas com lamentos de vento, com carroceis de imagens,
com fatigadas lágrimas escorridas pela seca pele do meu rosto.
Mais passos dou neste mundo, mais depressa quero fugir dele!
Quanto mais complico cada suspiro de alívios, mais torno tudo de cabeça para baixo.
Acreditar? Confiar? Esperar?  Mais uma vez... tudo começa!
Outra vez, outra vez, outra vez... Começa, acredita, espera... Começa...
Vou voar novamente. Vou respirar o ar fresco da vida!

Sem comentários: