quarta-feira, 27 de abril de 2011

Outra vez...

O pior é sempre isto! É o acordar o último dia, pegar na mala, caminhar para onde não se quer.
Esperar uns minutos no silêncio das lágrimas no teu triste rosto, evitar libertar as minhas, mostrar que o tempo vai ser rápido, que tudo é apenas uma questão de esperança, e no final arrancar! Levar as lágrimas como companhia, a saudade como desespero, e pensar sempre se esta é a decisão certa.
Depois continuar a pensar que andarás tu a fazer, que andas tu a pensar, que nos anda a afastar.
Passado uns dias volta tudo ao normal, todo o mundo já nos equilibra e nos faz sentir melhor por alguma razão!
Depois vem novamente os planos de viagem, as contagens decrescentes, as insónias, os nervos miudinhos, a excitação por fazer as malas semanas antes!
Começa-se novamente uma viagem. Chega-se novamente na expectativa de um abraço apertado no silêncio de um suspiro de alívio. Começam-se a passar os dias a tentar contar todos os pormenores do que foi feito durante a distância. Começam-se a aproximar novamente os dias de despedida, as noites já não são bem dormidas, o silêncio, as zangas e as acusações começam novamente. Esquecemos de desfrutar os últimos dias e só damos por isso nas últimas horas novamente. Dormimos, acordamos com choros, dormimos novamente.
Acordamos novamente e começa um novo ciclo.
O meu medo não é a partida, mas sim se algum dia terei o meu porto de abrigo à minha espera, ou se, sobe algum tipo de forma esse já não será tão acolhedor!




Podemos fazer tudo novamente, tudo, da nossa forma, como queremos. Não precisamos de nada ou ninguém! Só quero ouvir, estar aqui, e esquecer o mundo enquanto me abraço em ti. 
Não me importa como o digo, mas eu sinto-o! Eu sei o que é, e parece que não é suficiente nem para o viver. O teu abraço apertado é por vezes insuficiente para me sentir protegido.
Até já.
Te amo...

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