domingo, 10 de janeiro de 2010

A minha experiência musical


Ainda me lembro de quase todos os pormenores.
Tinha acabado de fazer 16 anos e recebi das minhas primas uma prenda fantástica, um bilhete para o meu primeiro grande concerto em pleno coliseu do Porto.
Estava excitado com o facto que ocorreria nessa noite. Nem conseguia imaginar o que era o coliseu realmente. A entrada foi como um filme, onde olhamos em todos os cantos à procura de tudo que nunca tinha conhecido.
Não sabia o que realmente estava a sentir, mas ainda hoje não sei explicar. Os verdadeiros sentimentos não se explicam mesmo.
Hoje olho para o grande primeiro concerto que todos gostariam de ter: Bush; uma das minhas bandas favoritas.
Depois de tantos concertos fantásticos continuo a eleger aquele como um dos melhores. E quanto mais conheço de música, mais me apaixono pelo que é antigo, dos 60, 70 e 80, sendo que poucas bandas me marcam nos 90, a geração da música electrónica, hip-hop e pop nojento.
Na realidade só me reconheço em 5 ou 6 bandas.
Continuo a descobrir e a querer mais do que é antigo, daquelas gerações que usavam a droga como inspiração, de onde surgiram grandes músicas, músicos e concertos... Gostava de as ter vivido na altura, mas fizerem-me bem mais tarde.
Hoje passo os dias a ouvir tudo que provavelmente fascinou as gerações dos meus pais, todos aqueles sons fantásticos, letras tão directas e reais que arrepiam. Sinto-me um deles perdido no futuro...

4 comentários:

Unknown disse...

Só um pequeno comentário ortográfico:
Musical não leva acento, ok?

Anónimo disse...

Continuo a descobrir e a querer mais do que é antigo, daquelas gerações que usavam a droga como inspiração, de onde surgiram grandes músicas, músicos e concertos... Gostava de as ter vivido na altura, mas fizerem-me bem mais tarde.

Não podias ter tudo, certo? Cresceste numa sociedade globalizada e webdependente. Em que se vive rápido e em que toda a cultura se divulga de uma forma mais democrática (vulgo pirataria informática).
A menos que tivesses nascido em Inglaterra ou nos States o acesso aos novos sons e novas bandas não era nada de extraordinário.
Claro que crescer nos '80s a ouvir Rádios Pirata e a suplicar que alguém nos gravasse em K7 o último vinil até teve a sua piada...

Unknown disse...

Filó, desculpa pelo meu lapso.
E sim, refiro-me a viver nessa altura dentro da sociedade que tivesse dentro desse mundo, ou acesso a ele. Não estou a falar de pastos e de ovelhas...

Anónimo disse...

Não estou a falar de pastos e de ovelhas...

Reli o meu comentário e não me parece que tivesse citado Alberto Caeiro n' "O guardador de rebanhos"!
Percebi a tua ideia... não tenho o cérebro assim tão congelado!