segunda-feira, 21 de junho de 2010

Afogando poros celulares...

Enquanto penetro por entre as gotas da chova nórdica, derivada pela precipitação provocada pelos ventos frios noruegueses e os ventos quentes dos desertos russos, dou comigo novamente a pensar.
Pensamento, aquilo que pensamos fazer 24h por dia mas que poucos o sabem usar, mas que me cansa de tanto o fazer.
Olho para o céu e no seu cinzento profundo vejo o brilhante sol a tentar rasgar um pequeno raio entre as nuvens. De repente esse mesmo raio atira-se para cima de mim, promove-me o fenómeno de produção de vitamina D na minha epiderme, mesmo que seja por meros segundo sobre o meu braço esquerdo.
Vou mantendo o meu sistema fisiológico a funcionar inconscientemente, e enquanto sinto a chuva a escorrer no meu coro cabeludo, sinto um arrefecimento arrepiante, que me leva a fechar os olhos.
Senti uma paz ínfima, algo tão arrepiante que assustou.
Não sabia  que sensação era aquela. Voltei a repetir e parecia que não o conseguia atingir novamente.
Desisti e passado mais umas pedaladas eis que o volto a sentir e não mais o quis deixar fugir.
A chuva que de tanto eu fujo e me protejo soube-me bem por longos momentos.
Que bem que sabe a submissão à natureza, que com a sua calma nos acompanha e nos deixas divididos.
Amarei eu a natureza ou apenas a suporto?
Eu sinto-a de diferentes formas, e se tanto a amo, também a desprezo. Farei eu o correcto?
Mas tudo é diferente dependendo dos olhos que uso!
Mas sabe bem deixar-me levar por ela, menosprezando o industrialismo cívico, o comportamento ético e até aquilo que consideramos fazer mal.
O que realmente importa é sentir bem, mesmo rodeado de gotas de chuva!

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