As suas histórias encantam-me, fascinam-me e fazem-me crer que cada caminho que traçamos pelo nosso próprio pé terá seus frutos, que sempre esperamos colher da melhor forma!
Hoje olho para eles e agradeço-lhes profundamente tudo aquilo que me ensinaram, tudo aquilo sobre o qual eles me moldaram na pessoa que sou hoje!
Graças a eles sou amigo, humano e apaixonado pelo risco de viver sobre a linha, pela capacidade de arriscar nos determinados momentos, que parecendo na altura difíceis, me ajudaram a crescer.
Hoje fui ao congelador, tirei pão para o pequeno almoço e após uns minutos, as torradas ainda estavam meias congeladas no centro.
Lembrei-me imediatamente do meu Avô paterno.
Ele, que tanto gostava do pão ainda meio frio do congelador nos nossos lanches de fim de semana!
Por momentos esbocei um sorriso com a vontade de exprimir uma lágrima!As saudades bateram-me! Foi a primeira pessoa directa que perdi, a primeira pessoa que perdi e não sabia o que fazer! Ainda hoje passo na aldeia deles e gosto de passar em frente à campa e num silêncio profundo relembrar alguns momentos que me marcaram, entre milhares deles.
Aprender a conduzir, trabalhar para ele e garantir algum dinheiro no verão ou simplesmente o "tens de comer se não levas", estão a fazer o meu dia fluir!
Tenho saudades avô, muitas saudades! Quem me dera ter-te comigo ainda hoje e poder dizer-te o quanto revejo em ti grandes qualidades.
Obrigado.
Hoje aprecio o pão ainda meio congelado com a lágrima esbatida e um sorriso no rosto!
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